A Influência dos Projetos Municipais Voltados ao Desenvolvimento do Turismo e das Atividades Produtivas Familiares e Comerciais na Comunidade de São João do Lago do Tupé no Município de Manaus, Estado do Amazona

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Vol. 8 Nº4 págs. 661-667. 2010
A Influência dos Projetos Municipais Voltados ao Desenvol­vimento do Turismo e das Atividades Produtivas Familiares e Comerciais na Comunidade de São João do Lago do Tupé no Município de Manaus, Estado do Amazonas.
Roberto Delfino maia da Silvai
Julio César Rodríguez Telloii
Lizit Alencar da Costaiii
i Mestre no Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCIFA) Pesquisador colabo­rador (INPA-UFAM). Email: betodelf@gmail.com
ii Profº Dr. (UFAM). Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCIFA). E-mail: Jte­llo@ufam.edu.br
iii Profº Dr. (UFAM). Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCIFA). E-mail: lcosta@ufam.edu.br
Universidade Federal do Amazonas (Brasil)
Resumo: O objetivo deste estudo foi o de desenvolver a capacidade de observar e refletir na for­ma em que como projetos elaborados pela administração do município de Manaus direcionados a comunidade de São João Lago do Tupé, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (REDES) do Tupé influenciam positivamente e negativamente nas atividades produtivas familiares, assim como nas atividades voltadas para o comércio e para o turismo. Em outubro de (2005) foi realizada pes­quisa de campo à comunidade São João do Lago do Tupé, sendo aplicado questionário estruturado abordando aspectos sóciodemográficos, econômicos e turísticos aos moradores locais. 43,33% dos entrevistados descreveram o lixo e a poluição como conseqüências do turismo.
Palavra-chaves: Economia; Ecoturismo; Unidade de Conservação; Comunidade e Desenvolvi­mento.
Abstract: The objective of this study was to build the capacity to observe and reflect on the way in which projects are carried out by the administration of the city of Manaus as they pertain to the community of São João Lago do Tupé, in the Tupé Sustainable Development Reserve (REDES), and how they influence positively or negatively family business endeavors, as well as how they influence commerce and tourism. In October of (2005) field work was conducted in the community of São João Lago do Tupé which included a survey soliciting responses of local residents on socio-demographic, economic, and tourism aspects. 43,33% of interviewed described trash and pollution consequences of tourism.
Keywords: Economy; Ecotourism; Conservation Areas; Community and Development.
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Notas de investigaciónIntrodução
Segundo Leuzinger (2002, p. 23) o eco­turismo representa uma opção turística desde os séculos passados quando grupos distintos de pessoas viajavam na Europa e nos Estados Unidos com interesses cul­turais, emocionais, físicos e mentais. Exis­tem registros de excursões de lazer que datam de 1786 ao Monte Blanc, um ponto culminante do continente europeu.
Atualmente (1994) a Comissão Técnica da Empresa Brasileira de Turismo (EM­BRATUR) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) adotaram o conceito que o ecoturismo se realiza em localida­des com potenciais ecológicos, de forma conservacionista, conciliando a exploração turística com o meio ambiente através da harmonização entre as ações para com a paisagem, ademais de oferecer aos turistas um contato mais intimo com a fauna, flora e com os povos locais. (Manual de Ecotu­rismo, União Européia e Embratur, 1994, p. 05).
Conforme este manual à atividade eco­turística faz parte do espírito do desenvol­vimento sustentável, pois integra na sua definição, um real comprometimento com a natureza e das responsabilidades so­ciais realizando os anseios do homem na fruição da natureza, e na constituição de um processo de conservação que diminua os impactos negativos do turismo sobre os recursos naturais, as comunidades e suas culturas.
Em 2003 foi criado o Plano Nacional para o Desenvolvimento do Turismo Sus­tentável, a Organização Mundial do Turis­mo (OMT) classifica o turismo sustentável como:
“[...] aquele que atende as necessidades dos turistas de hoje e das regiões recep­toras, ao mesmo tempo em que protege e amplia as oportunidades para o futuro, é visto como um condutor ao gerenciamento de todos os recursos, de tal forma que as necessidades econômicas, sociais e estéti­cas possam ser satisfeitas sem desprezar a manutenção da identidade cultural, dos processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos sistemas que garantem a vida”. Organização Mundial do Turismo (OMT) apud (Ministério do Turismo, 2005, p.14).
A partir deste conceito foi possível es­tabelecer princípios orientadores das ações governamentais na época, dentre estas: a) Redução das desigualdades regionais e so­ciais. b) Geração e distribuição de renda. c) Geração de emprego e ocupação. d) Equilí­brio do balanço de pagamento do país.
As continuas visitações turísticas à re­gião do lago do Tupé, fizeram com que a que a Secretaria de Defesa do Meio Am­biente (SEDEMA) busca-se administrar a Unidade de Conservação Municipal por meios de gestão e Monitoramento que en­volvesse todos os aspectos mencionados anteriormente. A atividade massiva do turismo constitui uma constante ameaça causadora de impactos ao meio natural e sócio-cultural das comunidades envolvi­das.
Partindo de tal premissa surgiu a ne­cessidade de desenvolver um turismo sus­tentado, buscando difundir simultanea­mente suas políticas conservacionistas já que se trata de uma área próxima à cida­de de Manaus há muito tempo visitada.
Na Amazônia o programa de desen­volvimento do ecoturismo na Amazônia legal (PROECOTUR) tem desenvolvido o ecoturismo, este projeto encontra-se na fase de investimentos tendo a sua primei­ra etapa voltada para estudos básicos dos pólos selecionados desenhando uma es­tratégia conjunta nos estados da região norte Brasil. (Ministério do Turismo, 2005, p. 07).
Para que o ecoturismo pude-se consti­tuir uma base sólida e permanente para o desenvolvimento local, o governo brasilei­ro determinou que era preciso buscar di­retrizes voltadas ao mercado do turístico local aproximando, o uso das tecnologias mais limpas e a difusão educativa com a seriedade necessária no que se diz respei­to à realidade do ecoturismo brasileiro, de forma a ajustar e valorizar adequa­damente as peculiaridades ambientais e culturais brasileiras.
O ecoturismo enquadra-se assim no espírito do desenvolvimento sustentável, pois integra na sua definição um forte comprometimento com a natureza e no sentido de responsabilidade social e tem potencialidades para realizar os anseios do homem na fruição da natureza, cons­titui uma via da preservação e diminuem os impactos negativos do turismo sobre os recursos naturais as comunidades e suas culturas. (Manual do Ecoturismo, Brasí­lia Distrito Federal, 1994, p. 05).
A atividade ecoturistica brasileira re­presenta atualmente uma oportunidade de gerar receitas para financiar a con­servação e preservação dos espaços ao ar livre valorizando os recursos do meio am­biente, se adaptando e desenvolvendo-se para servir como base para a implantação de diretrizes operacionais e de gestão que busque assegurar o desenvolvimento sus­tentado fazendo-se valorizar e se entender mais responsavelmente o que representa a conotação “eco” ou ecossistema, a base
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O objetivo deste periódico é o de perce­ber a capacidade de observar e refletir na forma em que como projetos elaborados pela administração do município de Ma­naus direcionados a (REDES) do Tupé in­fluenciam positivamente e negativamente nas atividades produtivas de subsistência, assim como as voltadas para o comércio e turismo.
Material e métodos
A (REDES) do Tupé está localizada a 25 km a oeste da cidade de Manaus, e pos­sui uma área de 11.973 hectares (Amazon­view, 2008). Esta reserva integra o mosai­co de Unidades de Conservação do Baixo Rio Negro e do Corredor Ecológico Central da Amazônia, sendo a única pertencente ao município de Manaus integrada ao Pro­jeto: Corredores Ecológicos financiado pela União Européia.
A Unidade de Conservação Municipal em pauta foi criada em 1999 como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), uma maneira mais branda e sem a respon­sabilidade necessária de se criar Unidades de Conservação no passado, a área do Tupé passou a categoria de (REDES) em 2002, pela própria necessidade de se estabelecer diretrizes ecoturisticas na região. Carval­ho (2007) cita que o Tupé representa uma área de transito entre o Parque Nacional do Jaú e a antiga Estação Ecológica de Anavilhanas, hoje denominada de Parque Nacional (PARNA) Anavilhanas.
tável vêm sendo discutidos e executados, como as atividades de ecoturismo, por exemplo, sendo necessário reconhecer o en­tendimento dos comunitários sobre as ati­vidades que vem sendo realizadas em seu território, e os limites e possibilidades para utilização destes projetos.
O segundo se deve ao fácil acesso fluvial para se chegar. Este lago se localiza nas proximidades da área urbana de Manaus, que necessita ser conservada considerando em que curto prazo isso pode acontecer, pois representa uma área sujeita a degra­dação ambiental constante, sobretudo devi­do à atividade cotidiana e insustentada do turismo de massa realizado nos finais de semana.
A decisão de se trabalhar exclusivamen­te com a comunidade de São João do Lago do Tupé reconhece as limitações logísticas da pesquisa, e da importância de se investi­gar amostras constituídas de uma realida­de dos aspectos sócio-culturais e naturais partindo do entendimento e da compreen­são da realidade para o desenvolvimento de projetos de natureza turística.
O estudo realizado foi do tipo explora­tório, que para Minayo (1998) é uma mo­dalidade de investigação que visa obter informações preliminares de uma dada realidade. Para (Gil, 1999, p. 43) a pesqui­sa exploratória tem como objeto uma visão geral, do tipo aproximativo de um determi­nado fato.
Durante investigações realizadas em outubro de (2005) a comunidade São João do Lago do Tupé na Reserva de Desenvol­vimento Sustentável do Tupé. Período de uma acentuada seca ao estado do Amazo­nas.
Foi possível mensurar as observações diretas ocasionadas ao uso das entrevistas estruturadas aos comunitários ribeirinhos da localidade. A estatística quantitativa discreta e quantitativa nominal ajudou se estabelecer características peculiares aos comunitários.
Para Pereira (1999, p. 20), um dado qualitativo representa as manifestações atribuídas a qualidades classificando fenô­menos aparentemente imponderáveis. An­tecedendo a realização do trabalho de cam­po foi estabelecido contato com lideranças locais a fim de explicar o propósito da in­vestigação e obter apoio para o desenvol­vimento da mesma. A partir deste contato verificou-se a existência das residências que compõem 40 famílias, que posterior­mente participaram da pesquisa.
Na primeira fase foi utilizada a entre­vista estruturada. A entrevista buscou uma subunidade amostral e foi direcionada a caracterizar o perfil sócio-demográfico da
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Figura 1. São João do Lago do Tupé, outu­bro de 2005. Foto: Roberto Delfino e Simo­ne Carvalho.
Duas foram às razões para escolha da pesquisar da (REDES) do Tupé como local de estudo. Primeiro foi o fato de ser uma Unidade de Conservação (UC) de poucos anos de implantação, onde diferentes pro­jetos inseridos ao desenvolvimento susten­Resultados
Os resultados obtidos foram discutidos à partir dos seguintes conceitos: desenvol­vimento sustentável, turismo e ecoturis­mo. A composição familiar da população teve igual proporção de homens e mulhe­res.
A grande maioria (97%) tem baixa esco­laridade (abaixo do ensino fundamental) e é natural do estado do Amazonas (86,67%).
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população entrevistada (sexo, idade, esco­laridade, unidade da federação de origem, número de pessoas no domicílio e tempo de residência na comunidade).
Na segunda fase as perguntas resulta­ram em dados sobre as praticas agrícolas para a geração de renda, destinadas a pro­dução, e atividades extrativistas, bem como a realidade dos entrevistados a respeito ao uso da flora e da fauna no local e as dife­rentes atividades a serem desenvolvidas para geração de renda.
Na última fase foi abordado de forma mais específica à questão dos limites e possibilidades do turismo na comunidade, buscando-se investigar o significado que a população dava a esta atividade, os be­nefícios e problemas associados, bem como averiguar a existência de atividade turísti­ca associada ao comércio de ervas e plantas medicinais.
A tabulação dos dados e infor­mações teve três tempos distintos:
No primeiro momento realizou-se uma análise de conteúdo visando categorizar as respostas dos entrevistados.
Os dados foram tabulados utilizando o programa Excel, onde foram definidas as diferentes categorias. No segundo e tercei­ro momento as respostas foram dividas a partir do sexo dos entrevistados investi­gando diferenças relacionadas ao gênero. A praia do Tupé por sua beleza cênica re­cebi expressiva visitação pública nos finais de semana, desde a década de 1990 (SEDE­MA) 1995.
No domicílio dos entrevistados moravam em média 4,23 + 3,05 pessoas com um mínimo de 1 e máximo de 16. Em média o tempo que os entrevistados residiam na comunidade de 7, 72 + 4,37 anos com ex­tremos de 2 e 15 anos de idade.
Dentre aqueles que desenvolviam atividades com geração de renda, constatou-se que apenas um homem recebia algum tipo de incentivo para a sua produção sem relatar o valor ou fonte pagadora.
Menos da metade dos entrevistados realizava algum tipo de atividade extrativista, sendo ligei­ramente menor o envolvi­mento das mulheres neste tipo de atividade (66,67%). As mesmas se mostraram mais interessadas nas atividades com menos esforço físico, como a confecção do artesanato e a reutilização dos resíduos domésticos e da industria.
Na análise dos entrevistados sobres as possíveis causas para diminuição dos animais e plantas na região (73,33%) não souberam informar. Através das investigações foi possível se constatar o aumento da população, não se sabendo ao certo a porcentagem deste crescimen­Figura
2 e 3. Praia e lago do Tupé, outubro de 2005.
Foto: Roberto Delfino e Simone Carvalho, outubro de 2005.
Características:variáveisPorcentagens%SexoMasculinoFeminino15(50%)15(50%)EscolaridadeSemescolaridadeEnsinoFundamentalEnsinoMédio5(17%)24(80%)01(03%)UFdeOrigemAcreAmazonasMaranhãoPará1(3,33%)26(86,67%)1(3,33%)2(6,67%)Númerodepessoasnodomicílio(anos)MédiaMedianaModaExtremos4,23+3,05%3,52(1-16)Tempodemoradianacomunidade(anos)MédiaMedianaModaExtremos7,72+4,37%64(2-15)Totaldaamostra=30correspondentesa75%dos100%dasamostras.Fonte:Pesquisaexploratóriadeoutubrode2005.
Tabela 1. Caracterização sócio-demográ­fica da população investigada.
A maioria dos entrevistados não rea­lizava atividade voltada para o comércio, sendo estas desenvolvidas principalmente para auto-sustentação, não havendo dife­renças entre homens e mulheres.
A Influência dos Projetos Municipais Voltados ao Desenvolvimento do Turismo...to, e das atividades dos caçadores de ou­tras comunidades na localidade.
Em relação às possíveis atividades econômicas a serem desenvolvidas na comunidade observou-se diferença entre as repostas dadas pelos homens e pelas mulheres. Uma diferença verificada foi a maior dispersão das propostas masculi­nas (13,33%), quando comparada com as femininas (6,67%).
Grande parte das mulheres (66,7%) percebia o artesanato com a atividade mais promissora para a geração de renda. Já entre os homens observou-se um baixo número nas propostas.
A pesquisadora Carvalho (2007, p.80) assinala que a economia da (REDES) do Tupé se movimenta pelo comércio de esti­vas e bebidas e pela agricultura de subsis­tência, pesca e coleta de frutas, trabalhos autônomos de pedreiros e serradores, a venda do artesanato.
A comunidade do São João do Lago do Tupé emerge com demasiado potencial para o ecoturismo, entretanto, os comuni­tários quando indagados quanto aos bene­fícios concretos desta atividade (80%) dos entrevistados afirmaram que o turismo vem trazendo pouco ou nenhum benefício para a comunidade, ademais ao baixo in­dicador de pessoas que realizam atividade
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econômica que dentre os homens não ul­trapassou aos (33,33%) fixando indicado­res abaixo dos das mulheres.
Na questão turística se observou que para a maioria dos entrevistados inde­pendentemente do gênero, associa esta atividade se à possibilidade de geração de renda para os comunitários. Na relação dos problemas relacionados ao Turismo (43,33%) dos entrevistados destacaram aspectos socioambientais como lixo, po­luição, violência, alcoolismo e desunião do povo. O turismo relacionado à com­pra de ervas e plantas medicinais somou (26,67%).
Segundo (Carvalho, 2007, p.92, 93) existem uma variedade de interesses para as visitações a (REDES) do Tupé, dentre estes cerca de (49%) dos visitantes buscam desenvolver algum tipo de pes­quisa (30%) são motivados pelo laser e di­versão, (17%) por motivos religiosos e di­fusão de seus interesses e (4%) realmente interessados em conhecer novas culturas.
A relação da venda de produtos frutos do extrativismo aos turistas, assim como a caça realizada por outras pessoas causa­doras da escassez dos animais e vegetais na localidade, acredita-se que isso. Está relacionado ao insuficiente monitoramen­to da (UC).
CaracterísticaVariávelMasculinoFemininoTotal%RealizaAtividadeeconômicaSim05(33,33%)Não10(66.67%)06(40%)09(60%)11(36,67%)19(63,33%)DestinodaproduçãoAutoconsumoComercioeconsumo10(66,67%)05(33,33%)09(60%)06(40%)19(63,33%)11(36,67%)AtividadeextrativistaMadeiraSementesÓleodeCopaíbaResíduos(diversos)ErvasecascasCaçaePescaNãorealiza03(20%)02(13,33%)01(6,67%)01(6,67%)01(6,67%)00(46,67%)07(46,67%)01(6,67%)02(13,33%)00000002(13,33%)10(66,67%)04(13,33%)04(13,33%)01(3,33%)01(3,33%)01(3,33%)02(6,67%)17(56,67%)MotivosparaescassezdeanimaisevegetaisAumentopopulacionalCaçadoresexternosNãosouberaminformar05(33,33%)03(20%)07(46,67%)00001505(16,67%)03(10%)22(73,33%)AtividadeeconômicaadesenvolverArtesanatoTurismoMandiocaCriaçãodeanimaisEstaleiroVenda,poupadefrutaFrutasNãosouberaminformar03(20%)03(30%)02(13,33%)03(30%)01(6,67%)02(13,33%)0002(13,33%)10(66,67%)01(6,67)02(13,33%)00000001(6,67%)01(6,67%)13(43,33%)04(13,33%)04(13,33%)03(10%)01(3,33%)02(6,67%)01(3,33%)03(10%)Fonte:Pesquisadecampo,outubrode2005.
Tabela 2. Atividades econômicas em São João do Tupé.
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presenta hoje, uma Reserva de Desenvolvi­mento Sustentável (REDES) com relevân­cia natural e cultural para o município de Manaus, à referida comunidade necessita participação em ações realizadas em seus ambientes, ainda é evidente e limitada à participação da comunidade no planeja­mento dos destinos futuros da localidade.
O Projeto BIO-TUPÉ (2004) grupo de pesquisa multidisciplinar de pesquisa de longo prazo cita que desde 1997 a 2004, as instituições mais atuantes na comunida­de do Tupé foram a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), gestor da reserva, a Secretaria Municipal de Edu­cação (SEMED), a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais e renováveis (IBA­MA), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e o Instituto Nacional de Pesqui­sa na Amazônia (INPA), (CARVALHO, 2007, p.79, 80).
A Prefeitura Municipal de Manaus, à frente da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (SEDEMA) realiza a gestão e o monitoramento da referida Unidade de Conservação Municipal.
Conclusão
Pode-se refletir que um estudo mais aprofundado dos motivos para a criação da (REDES) do Tupé faz-se necessário
Discussão
O propósito inicial da pesquisa era de en­trevistar representantes de todas as famílias residentes na comunidade. Somente 75% das famílias compareceram para as entrevistas, ou seja, a Amostra são 30 famílias.
Os baixos índices de trabalho, diversida­de nos negócios rurais e melhoria da qualida­de de vida local levam a crer que os projetos elaborados pela administração do município de Manaus direcionados a comunidade de São João do Lago do Tupé não surtem os re­flexos desejados em comunidade.
No que se refere à chegada do turismo na área é observada uma certa fragilidade na administração municipal, na aplicação de mecanismos de controle, seja para con­ter a chegada desordenada do turismo, im­pedir construções irregulares, controlar a especulação e principalmente assegurar a legitimidade de participação que garanta às comunidades o poder de decidirem sobre as alternativas econômicas à serem estudadas e implantadas na gestão municipal da Re­serva.
Na avaliação sobre a influência dos pro­jetos municipais voltados às atividades produtivas de subsistência, assim como as voltadas para o comércio e turismo em co­munidade foi verificado baixo reflexo por conta das atividades e projetos realizados na localidade. Considerando que esta região re­CaracterísticaVariávelMasculinoFemininoTotalSignificadodoturismoPessoasquequeremconhecerGeraçãoderendaNãosouberaminformar3(
20%)9(60%)3(20%)3(20%)10(66,7%)2(13,33%)06(20%)19(63,33%)05(16,67%)BenefíciosdoturismoparacomunidadePoucoounenhumbenefícioBenefício12(80%)03(20%)12(80%)03(20%)24(80%)06(20%)ProblemasrelacionadosaoturismoLixoepoluiçãoViolênciaealcoolismoDesuniãodopovoOutrosNenhumproblema07(46,67%)05(33,33%)0002(13,33%)01(6,67%)06(40%)01(6,67%)01(6,67%)05(33,33)02(13,33%)13(43,33%)06(20%)01(3,33%)07(23,33%)03(10%)CompradeplantasmedicinaisporvisitantesSimNão03(20%)12(80%)05(33,33%)10(66,67%)08(26,67%)22(73,33%)Fonte:Pesquisainvestigativa,outubrode2005.
Tabela 2. Atividades econômicas em São João do Tupé.
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para a compreensão do processo de enga­jamento comunitário que contribua ao es­clarecimento e organização dos próprios moradores com respeito à referida Unidade de Conservação.
Mesmo com a fiscalização do (IBAMA) as comunidades da (REDES) do Tupé não possuem o controle e nem a influência sobre seu entorno, mesmo com o gerenciamento da Secretaria de Meio Ambiente Munici­pal (SEMMA), ainda continuam ocorrendo impactos provenientes da extração da ma­deira e outras matérias primas de valor co­mercial realizada pelos comunitários e não comunitários.
A questão que permanece como desafio é como equacionar a necessidade de con­servação e manejo dos recursos naturais e garantir o efetivo envolvimento das po­pulações locais no processo de tomada de decisões, assim como das ações.
Dos problemas ocasionados pelo turismo à localidade destacam-se o lixo, poluição e a violência. No entanto, o planejamento que incide sobre a região parece trabalhar pouco sob a ótica do desenvolvimento sus­tentado local, o ecoturismo parece ainda ser uma prática a ser entendida e efetivada na região.
Conforme (Maria Leal, 2005, apud Mi­nistério do Turismo p. 04) a inclusão pelo trabalho compartilha objetivos econômicos, sociais, e contribui alimentando a renda e o bem estar da sociedade, mais é preciso se saber se a atividade turística pode real­mente oferecer a oportunidade de inclusão social e de forma permanente.
Referências Citadas
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Roberto Delfino maia da Silva, Julio César Rodríguez Tello e Lizit Alencar da Costa
Recibido: 10/03/10
Reenviado: 20/04/10
Aceptado: 05/05/10
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