Vol. 1 Nº 1 págs. 79-84. 2003
www.pasosonline.org
© PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. ISSN 1695-7121
Museu e Educação: Reflexões acerca da experiência no
Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville
Elizabete Tamanini 1
Instituto Superior Luterano e Centro Educacional Bom Jesús (Santa Catarina , Brasil)
Resumo: O Turismo historicamente sempre foi um fenômeno social relacionado à cultura, pelo fato de
que muitas vezes contribui a sua reconstruçao. Seus impactos foram positivos e ou negativos e por esta
razão seu desenvolvimento em diferentes países foi controvertido onde sua presença foi maior. A funçao
protetora e de socializar a cultura foram importantes no desenvolvimento turístico por séculos e nivelam
no presente com maior razão. A única maneira de gerar políticas no turismo cultural está gerando as
primeiras investigações de base para descobrir os impactos positivos e para tomar decisoes
consequentes.
Palavras chaves: Tourism cultural; Impactos do tourism; Políticas no tourism cultural; Reconstruction
da cultura
Abstract: The tourism has historically always been a social phenomenon related with the culture, and
also frequently has contributed to its restructuring. Their impacts have been positive and negative and for
that reason their development has been so polemic in the different countries where has had more rele-vance.
The socializing and protection functions of the culture have been important in the tourist devel-opment
for centuries and even presently with more reason. The only way to develop politics about the
cultural tourism is carrying out first the necessary research in order to know the impacts well and to
decide in consequence.
Keywords: Cultural tourism; Tourism impacts; Cultural tourism politics; Culture change
1 Doutora em Educação, Cultura e Sociedade pela Universidade Estadual de Campinas/São Paulo. Diretora da
Faculdade de Turismo com ênfase em meio Ambiente. E-mail: tamanini@ielusc.br
80 Museu e Educação
Introducción
A criação de um Museu normalmente
possui vinculações diversas; da necessidade
de guardar a memória de uma pessoa
especialmente, até as dimensões de
apropriação e uso coletivo de um
determinado patrimônio.
Se remontarmos um cenário histórico
sobre a significação do conceito e utilidade
social do Museu, teríamos centenas de
representações a respeito deste objeto. Os
temas principais entre amigos e inimigos
dos Museus surgiram desde a Revolução
Francesa, quando “relíquias”
“aristocráticas” e “religiosas” foram
primeiro salvas do vandalismo político e
depois exibidas ao público.
Praticamente todo o trabalho inovador
que provocou profundas modificações na
Museologia concretizou-se a partir de 1959,
na França, notadamente, através da
participação dos profissionais Georges
Henri-Reviére, Georges Bazin, Marcel
Evrad e Hugues de Varine Bohan. Esses
especialistas começaram a questionar os
museus tradicionais, cujo modelo, o método
de analisar o fenômeno e o patrimônio
cultural, foi imposto pelos museus europeus
aos museus não europeus. Estas
modificações vieram como resposta á crise
advinda do impacto da industrialização e
da grande tendência de especialização do
conhecimento. Desse modo, eram realizados
novos debates e algumas experiências
inovadoras a cerca do papel social dos
museus na sociedade contemporânea.
É atualmente reconhecido que a função
do Museu não pode limitar-se ao ato de
recolher, restaurar e expor objetos que
compreendem o seu acervo. Cada vez mais
a pesquisa, a divulgação, a socialização do
conhecimento, a publicização e a
participação da sociedade tornaram-se
elementos determinantes das funções
sociais dos museus. Na nova sociedade da
informação, o recurso-chave, passou a ser
formação, o conhecimento, a criatividade e
a interface com a comunidade.
A função do museu, enquanto espaço
educativo responsável pela mudança de
mentalidade, difundiu-se com maior
intensidade a partir da década de setenta.
Nos séculos XIX e XX, tínhamos o conceito
de Educação enraizada na sociedade de
classe privilegiada, em que o ponto-chave
do processo era a aquisição de informação
factual. O traço mais original deste século,
na Educação, é o deslocamento da formação
puramente individual do homem para o
social, o político, o ideológico, assim o
significado maior está na inclusão das
diferenças como pressuposto de equidade.
Embora haja muitos desníveis entre as
regiões e países, existem tendências
universais, entre elas, a de considerar como
conquista deste século a idéia de que não
existe idade para a Educação, de que ela se
estende pela vida e que não é neutra,
tampouco exclusiva.
Assim, independente da sua filosofia,
área de atuação, todo museu, estando
aberto ao público transmite uma
mensagem, educa através da cultura
material, a qualquer pessoa que nele
entrar, seja qual for a sua classe social,
sexo, idade, raça ou escolaridade. Assim,
mesmo assumindo uma postura tradicional
de lidar com o patrimônio, cujo enfoque
centra-se na cultura material e não no
significado desta materialidade e
imaterialidade para as relações sociais e
humanas em diferentes momentos
históricos, os Museus são instrumentos
comunicacionais e educatuivos.
Os Museus americanos foram pioneiros
em experiências pedagógicas, e foi aí que a
função educativa se afirmou como uma das
principais funções a serem desempenhadas
pelos museus. Estes museus, dispondo dos
mais variados recursos técnicos e de
pessoal qualificado, foram os primeiros a
desenvolver experiências interativas para o
público infanto-juvenil. Em geral, têm como
princípio pedagógico, a noção de que a
relação da percepção da criança e ou
público está baseada na expectativa da
experiência pessoal interativa com o objeto
ou a natureza. Desse modo, a grande
identidade entre os museus de todos os
tipos, tanto nos países hegemônicos, como
nos países periféricos, é a ação educativa.
A partir das inquietudes que brotaram
principalmente na década de setenta (Séc
XX), os Museus passaram a nortear suas
atividades mediante os novos paradigmas
da museologia no mundo, mais
especificamente os Museus de países em
Elizabete Tamanini 81
desenvolvimento. Nosso despertar para o
Museu como um local destinado à produção
de novos conhecimentos, um lugar que
preserva e recria a memória, um espaço
vivo e presente na vida das pessoas,
presente nas dimensões das realidades
sociais, um lugar provocador e, ao mesmo
instante, fascinante, um lugar que não
esteja desvinculado da realidade
tecnológica, que responda cientificamente
pelo objeto, que dialogue com todos, e seja
utilizado por diferentes setores da
sociedade. Este Museu ainda é tido como
“experiência piloto”, e como algumas
exceções permanecem integrados ao
cotidiano de cidades, lugarejos, vilas e
universidades.
Como foi dito anteriormente, a década
de setenta foi para o mundo museológico
um período de reflexão e experimentação de
propostas alternativas.Começaram a surgir
os Museus locais e regionais. No campo
político, esta descentralização responderia
a mudanças com relação à destinação de
recursos, elegendo como prioridades,
necessidades regionais. Nas dimensões das
políticas culturais, mais especificamente o
tratamento com o patrimônio Museu, este
enfoque norteou as ações na perspectiva
das diversidades históricas e culturais
regionais. O impulso participativo em
defesa da pluralidade da cultura, trouxe em
seu bojo a idéia da criação de novos
museus, e, também intrínseco a este
fenômeno, a elaboração de políticas
preservacionistas, dando ênfase à
recuperação e tratamento de bens
culturais.
No Brasil esta relação de Escola,
Educação e Museu é bastante confusa e
delicada. Conceitos e práticas da Educação
vão impregnar as atividades dos Museus.
Nas últimas décadas, os museus abriram
suas portas para atender os escolares,
confundindo suas ações específicas às
experiências educativas oferecidas pelo
ensino formal. A educação dentro de um
museu é mais do que a quantidade de
ônibus escolares que param na porta, ou do
inúmero de estudantes que passam por esta
Instituição e por vezes atendidos na velha
atividade de “monitoria”: antes de tudo é
um processo de formação integral para e
com o patrimônio social/cultural, que exige
da Instituição definições de “usos” e
“interfaces” com diferentes públicos, é um
estado de espírito, um processo a ser
pensado constantemente onde conflitos e
mediações faz parte de uma conscientização
profunda.
A agravante nesse sentido é que as
experiências realizadas sofrem pela
descontinuidade e, em geral, não têm sido
publicadas, por isso também a dificuldade
de analisá-las. Questiona um dos grandes
pensadores da Museologia contemporânea:
“o importante é mesmo, receber uma
quantidade de público, e disso se
vangloriar? Ou constatar se o visitante
tirou proveito de sua visita, verificou
enriqueceu seus conhecimentos e fez
intercâmbio, aguçou sua curiosidade e seu
espírito critica cultivou sua sensibilidade,
sentiu prazer estimulou sua criatividade,
melhorou seu modo de vida privada e
pública”, construiu uma experiência
estética com a vida.
Estudos recentes mostram poucas
modificações neste quadro. Os museus
continuam sobrevivendo em conseqüência
do número de alunos que vem á procura de
complemento para as suas atividades
escolares.Confundindo processo de
formação com visitação. Mas, por outro
lado, grande parte dos museus também não
estão instrumentalizados com recursos
humanos para contribuir com novas
propostas educativas formais e não formais.
Definir metodologias especificas para o
atendimento de diferentes públicos, pensar
permanentemente no queremos contribuir
seria uma das competências formais a qual
os museus deveriam ter em mente.
Desejamos expor os “objetos” ou desejamos
criar interlocuções entre estes artefatos e
as culturas? Desejamos contribuir para a
motivação de novos públicos cujo enfoque é
o debate e o compromisso com a cidadania?
Nesse quadro de modificações pontuais,
é importante destacar as experiências
realizadas pelo Museu Antropológico do
México. Seu objetivo tem sido abordar e
explicar a História e os costumes do país,
destacando a identidade nacional. Da
mesma forma apresenta-se o Museu do
Banco Central em Quito e o Museu de
Antropologia, em Lima Peru. Destacamos
também, o trabalho realizado pelo Museu
do Índio (Rio de Janeiro), Museu de Marajó,
Museu Lasar Segal, Museu de Arqueologia
82 Museu e Educação
e Etnologia da USP, Museu Antropológico
Oswaldo Cabral da Universidade Federal
de Santa Catarina e o Museu Arqueológico
de Sambaqui de Joinville, que, com
imensas dificuldades, realizam um trabalho
no sentido de, através de seus acervos, de
suas exposições e atividades educativas,
despertar no público a importância da
preservação do patrimônio e da diversidade
étnica no Brasil. Ao lado das constantes
atividades educativas, estes museus estão
caminhando para uma integração maior
com a sociedade.
O que permeia a nossa reflexão é a
discussão do sentido mais amplo da
contribuição dos museus à Educação. Que
essencialmente está intimamente
relacionado com o problema da preservação
do patrimônio e da publicização das nossas
heranças culturais.
Caso a caso: Museu Arqueológico de
Sambaqui de Joinville
Seguindo as discussões acima
apontadas, em que sugerem uma maior
reflexão e publicização sobre o conceito de
educação em Museu apresentamos em
linhas gerais a experiência do Museu
Arqueológico de Sambaqui de Joinville.
Criado em1969 com a intenção de
salvaguardar o patrimônio Arqueológico da
região de Joinville, esta Instituição ao longo
de aproximadamente três décadas, têm
experimentado diversas maneiras de atuar
como instituição cientifica pautada nos
princípios da Museologia contemporânea.
Além de acompanhar as tendências das
políticas culturais da época (década de 70),
o Projeto de criação do MASJ na sua
concepção arquitetônica foi elaborado para
ser um museu de pequeno porte com base
nas experiências de pequenos museus
americanos . Daí tal prédio e instalação
possuir um significado maior para o estudo
do movimento da museologia brasileira.
Traço comum era adotar espaços e prédios
“antigos” para a criação de museus. Neste
caso, o Projeto foi criado para ser museu.
As ações deste Museu foram sistematizadas
de modo a atender um público em
formação, ou seja, alunos de 1°, 2° e 3°
graus. Vejamos o que diz este texto: “O
MASJ desde sua fundação tem
desenvolvido programas didáticos que
abrangem estudantes de 1° e 2° graus,
universitários e estudantes de cursos
profissionalizantes. O auditório, equipado
com moderna aparelhagem didática, tem
servido para ministrar aulas sobre
Arqueologia e Pré-História Brasileira, bem
como para programações cinematográficas
culturais realizadas principalmente com o
intuito de atingir positivamente as
crianças, despertando nelas o gosto pelos
Museus, que, segundo a filosofia de
trabalho adotado pelos funcionários da
entidade, são” Escola Viva “, exercendo
papel preponderante na educação de um
povo”
Com as visitas dos escolares de maneira
significativa e o aproveitamento deste
espaço para outras atividades, o MASJ foi
se caracterizando como um “Museu
Didático”. A legitimidade da Instituição
frente à comunidade foi assegurada a partir
da participação dos estudantes no processo
de apresentação do Museu frente à
problemática do momento. Neste período
(década de 70) as escolas da região
apresentavam problemas de conteúdo em
relação ao ensino da ocupação pré-colonial e
Ciências Humanas. Neste sentido o Museu
aos poucos se tornou em um elemento
“reparador” para o ensino da ocupação Pré-colonial
aos professores. Fator este que
estava intimamente relacionado com o
problema de formação profissional dos
docentes nesta área e as fontes didáticas
disponíveis ou melhor dos livros didáticos.
Este por sua vez, comprovadamente
uma das fontes mais utilizadas no Brasil
como em outros países da América Latina,
transmitem informações fragmentadas
sobre a realidade da ocupação pré-colonial e
sobre as “minorias étnicas”. Tais livros
contribuem para veicularem representações
ideológicas que acabam por reforçar o
preconceito e a desinformação. A ausência
desse tipo de abordagem é bastante
agravante a tal ponto de ao receber alunos
de 5a a 8a séries no Museu Arqueológico de
Sambaqui, considerando que a história de
ocupação na região de Joinville está datada
a partir de 1850 (final do século XIX), ou
seja, o referencial conceitual se pauta na
colonização européia com a vinda dos
primeiros imigrantes para a região.
Outro elemento preponderante neste
cenário era a falta de recursos materiais e
Elizabete Tamanini 83
técnicos das escolas, especialmente o setor
público. A visita ao Museu além de suprir
as deficiências curriculares, possibilitava
aos alunos e professores a experiência de
ver o mundo por outra via, “através da
imagem cinematográfica”. Por vários anos,
mesmo após a sistematização das
atividades e a mudança de metodologia,
ocorria que alguns professores entravam
em contato com o Museu para verificar a
possibilidade de trazer os alunos para
visita e para ver “filminho”.
Embora este trabalho tenha
possibilitado a elaboração de novas
experiências como, o “Projeto Museu Vai à
Escola” , que levava aspectos da Pré-
História regional através do apoio didático
de kits e audiovisual, não foi possível
construir um conhecimento mais elaborado
a respeito do uso do Museu. O fato de o
Museu ir à Escola, de início solucionava
três grandes dificuldades: 1° aspecto,
dificuldade de deslocamento dos alunos, em
função da realidade sócio-econômica dos
mesmos e das escolas; 2° aspecto, os alunos
estando na escola não prejudicava o
andamento das atividades e; 3° aspecto, era
o fato de todos os professores aproveitarem
a “palestra”, sem necessariamente
comprometê-los a redefinirem novos
cronograma, programas de aula e ainda
deslocarem seus conteúdos para outro tipo
de trabalho - “aulas tematizadas, ou uma
proposta interdisciplinar”. Após o
fechamento deste Projeto (1985), não faltou
por parte das Escolas à iniciativa de
argumentarem sobre a “facilidade da
experiência”.
Em virtude das avaliações realizadas
mediante o número de alunos atendidos no
Museu e nas Escolas, optou-se no
redimensionamento deste trabalho. Como
as Escolas já haviam incorporado a idéia do
Museu, como um local destinado ao
conhecimento da ocupação pré-colonial a
solicitação de visitas não acontecia
sistematicamente, partiu-se para a
definição de objetivos mais concretos em
relação aos trabalhos.
A Incorporação da Educação Patrimo-nial
nos Projetos Educativos
A idéia de desenvolvimento de Projetos
Educativos calcados numa metodologia
especialmente elaborada para o tratamento
com o patrimônio foi neste momento
determinante para o MASJ (1987). A partir
do contato com os fundamentos teóricos da
metodologia da Educação Patrimonial
assegurou-se com mais intensidade a
importância do processo de comunicação no
Museu. A linguagem utilizada em relação
aos Projetos Educativos, estava vinculada a
indagações da relação objeto e público. Com
esta tentativa de implementação dos
projetos, no sentido de sistematizá-los por
temas geradores e relações cognitivas e por
outro lado delimitar o campo de atuação do
MASJ, referente a sua postura diante das
necessidades emergenciais do Ensino
Formal e, da mesma maneira não
permitindo a transformação do trabalho
educativo num especializado complemento
escolar, criou-se um Setor de Educação no
MASJ.
Pode-se, contudo, afirmar a abrangência
desta iniciativa para todas as áreas do
Museu. A criação do Programa Educativo, a
partir de projetos específicos, passou a
diagnosticar elementos não visíveis aos
procedimentos cotidianos do Museu, ou
seja, à leitura que cada pessoa, ou
diferentes públicos faziam das exposições,
das ações e da comunicação apresentada
como um todo pela Instituição. Assim, o
cenário passa a se apresentar de outro
modo: temos agora pessoas que desejam
somente conhecer o Museu. Outras querem
aprender sobre as outras culturas das quais
o Museu estuda, e ainda, pessoas que
desejam construir novas informações a
respeito do que o Museu vem trabalhando,
desse modo, as perguntas advindas dos
projetos e ações passam a ser outras.
Reavaliando os aspectos da importância
destas mudanças substâncias, levanta-se os
seguintes pressupostos: qual a função social
deste Museu na região? Será que o MASJ é
visto pelo Ensino Formal como um órgão
que completa as deficiências dos currículos
ou é respeitado como uma instituição
científica que contribui para a construção
de novos conhecimentos? E ainda, como a
comunidade vê este Museu?
Pode-se avaliar que à medida que este
museu sistematizou programas e
metodologias, criou-se mais densidade em
relação às avaliações e aos processos de
intervenção acerca do envolvimento da
84 Museu e Educação
sociedade com o patrimônio arqueológico.
Todavia, a partir da criação de projetos e
ações específicas para cada realidade, o
MASJ, está tendo que se defrontar com
dramas e contradições que correspondem a
secular existência da instituição museu e
do mesmo modo, com a disponibilização das
injustas políticas públicas para o
patrimônio e a Arqueologia desencadeando
a falta de continuidade dos Projetos. Por
outro lado, ao nosso ver tanto as heranças,
quanto os parcos recursos destinados ao
gerenciamento público desta instituição,
não podem tampouco imobilizar a sua
especial trajetória de um museu de
Arqueologia local e público.
O Museu deve sobremaneira estar
relacionado com processos históricos
dinâmicos, apontando sempre, rupturas
quanto ao conceito e sua inserção no
mundo. Contudo, questinamo- nos: será que
os museus, especialmente os brasileiros,
caminham, para uma efetiva aproximação
com a sociedade, inter-relacionando a
produção, divulgação e socialização das
experiências humanas? No caso do Museu
Arqueológico de Sambaqui de Joinville,
pensamos que há pequenos movimentos
nesta direção, porém vive a Instituição um
momento cuja idéia de publicização sofre
um descompasso entre um fazer desejado e
como fazer diante de?
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