AS CONEXÓES CANARIO-MADEIRENSES
NOS SÉCULOS xv A XVII
Estado da questao e perspectivas para analises futuras
A. VIEIRA
C. E. H. A.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
1. O desenvolvimento económico do mundo insular do Atlan~
tico Oriental imbrica~se de forma incisiva na estratégia de economia
athlntico~europeia que desponta no século xv; primeiro, como
regHío periférica, a sua política desenvolvimentista adequa~se as
necessidades do mercado europeu fomecendo-Ihe as produl1oes agrícolas,
capazes de satisfazer as suas deficiencias alimentares e a
necessidade mercantil, a troco das manufacturas, depois protagoniza
a funl1ao de intermediário nas ligal10es entre o Velho e Novo
Mundo, usufruindo com isso urna posil1ao de relevo na
economia atlantica.
De urna ou de outra forma essas situal10es materializaram urna
excessiva vinculal1ao das ilhas a sua remota origem peninsular, definindo
urna estrutura mercantil frágil e comandada a partir desse centro
peninsular. Todavia as condil1oes peculiares do processo
histórico insular definiram rumos marginais que escapam a essa
omnipresenl1a europeio-peninsular; estao nesse caso os contactos ou
conexoes inter-insulares, de carácter restrito ou alargado, que se
afirman como a mais peculiar materializal1ao dos anseios das gentes
deste mundo insular.
As condil1oes específicas que regeram o desenvolvimento dessa
realidade insular favoreceram a concretizac;:ao dessas conexoes,
dependendo a sua afirmal1ao de urna imprevisível complementaridade,
resultante de tendencia concentracionista e distributiva de
produtos agrícolas pelos centros de decisao peninsulares. Desta
forma a omnipresenl1a europeia acarreta consigo essa consequente
desvinculal1ao e autonomia insular, firmadas nas relal10es interinsulares.
A sua afirmal1ao dependerá apenas de um conjunto variado de
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
868 A. Vieira
factores endógenos, assim a posH;ao geográfica, no caso da
Madeira, facilitará o refon;o dessa dimensao enquanto o devir histórico
definirá os mecanismos de actua<;ao e os rumos possíveis. Desta
forma a Madeira surge nesse contexto numa posi<;ao destacada, pois
a sua favoravel posi<;ao geográfica, associada a anterioridade da sua
ocupa<;ao e valoriza<;ao económica fazem dela o centro do mundo
insular, definindo urna trama complicada de conexóes humanas,
económicas e técnicas.
A Madeira surge assim no áníbito da expansao e valoriza<;ao
sócio-económica, serviu de matriz as posteriores iniciativas no
Atlántico. Deste modo a ilha é um ponto de referencia obrigatório
nesse contexto, afirmando-se, num primeiro momento, como área de
convergencia de múltiplos intereses peninsulares e mediterránicos
em expansao. A facilidade da sua ocupa<;ao aliada ao rápido e elevado
rendimento da sua agricultura fizeram desta um centro importante
da dinámica expansionista europeia nos séculos xv e XVI. A
anterioridade do seu processo de ocupa<;ao coloca-a numa posi<;ao
de relevo no contexto da expansao europeia, tomando obrigatória a
sua referencia no conhecimento das diversas sociedades e economias
que os europeus geraram no multifacetado espa<;o atlantico.
A Madeira, porque inabitada, podia responder de imediato as
necessidades do portugues, que moldou o seu espa<;o geográfico as
solicita<;óes económicas e políticas da coroa portuguesa. No espa<;o
de vegeta<;ao luxuriante foram criadas arroteias salpicadas de searas,
latadas e hortas e das enseadas fizeram-se importantes portos de
mar, tao necessário ao apoio as navega<;óes ao longo da costa ocidenta
africana ou para eventuais assaltos as Canarias. Em resultado
da conjuntura contrubada das Canárias, que perdura até 1480, a
Madeira surge no contexto de expansao atlántica no século XV
como urna pe<;a-chave para a firma<;ao da hegemonia portuguesa.
Tais condicionantes materializaram o rápido surto da nova sociedade
e da economia madeirense que deterao urna fun<;ao primordial
na actividade expansionista portuguesa.
A Madeira apresenta-se, no século xv, como urna encruzilhada
de op<;óes e apoios adequados as solicita<;óes do Portugal em expansao,
e daí o seu rápido desenvolvimento económico e social. Os produtos
da agricultura, para além de solucionarem as carencias do
reino, provocaram o rápido enriquecimento dos seus agentes e a dis-
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As canex6es canaria-madeirenses nas séculas xv a XVII 869
ponibilidade de capital para as empresas bélicas em Marrocos e as
navega<;6es ao langa da costa africana.
Estas ilhas do Atlantico Ocidental materializaram de forma
clara a estratégia da civiliza<;ao atlantico-mediterranica. Estas surgem
no século xv a dar resposta a algumas das solicita<;6es que alicen;
avam os rumos da economia e sociedade ocidental; primeiro
surgem como escala ou porto seguro para os seus intentos no Atlantico,
depois destacam-se como áreas de ensaio de culturas activadoras
do mercado mediterranico e capazes de suprir a quebra das rotas
do Oriente pelo Mediterraneo ou, ainda, satisfazer as carencias
alimentares.
Nesta dupla interven<;ao se alicer<;ará a economia insular marcada
pela subserviencia aos vectores dinamizadores do dirigismo
económico europeu. Tais condicionantes aliadas as diferen<;as e
assimetrias, resultantes da estrutura do solo e clima actuam como
virtuais mecanismos de distribui<;ao das culturas, componentes da
dieta alimentar (cereais, vinha) e resultantes das solicita<;6es das
pra<;as europeias (a<;úcar, pastel).
A premencia de tal conjuntura na economia insular
materializar-se-á numa tendencia marcante destas ilhas para urna
explora<;ao económica baseada na monocultura ou dominancia de
um produto. Todavia a heterogeneidade do espa<;o insular estabelecerá
um travao a essa tendencia, definindo urna situa<;ao de equilíbrio
merce de urna política distributiva ou de arruma<;ao das
culturas; surgem assim, áreas de produ<;ao para a subsistencia ou
troca. Deste modo a afirma<;ao do a<;úca na Madeira implicou o aparecimento
de novas áreas de produ<;ao cerealífera (A<;ores, Canárias),
capazes de atenderem a esta ilha e as pra<;as que até entao
dependiam dela. Também nas Canárias o surto a<;ucareiro de La
Palma e Gran Canaria dependerá da afirma<;ao plena da cultura
cerealífera em Lanzarote e Fuerteventura. Apenas nas ilhas de S.
Miguel e Tenerife foi possível, merce da hábil política dos seus
governantes, conciliar as necessidades de subsistencia com a voracidade
das solicita<;6es do mercado externo.
Tal ambiencia definiu essa necessária complementaridade dos
espa<;os insulares, que ultrapassa a dimensao arquipelágica, e ao
mesmo tempo gerou urna trama complicada de circuitos comerciais
inter-insulares. Nesse contexto a Madeira encontra-se numa posi<;
ao secundária, pois a existencia de apenas duas ilhas e, sendo urna
delas de reduzidos recursos, estava inviabilizada essa necessária
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
870 A. Vieira
política de complementaridade; daí o recurso as dos arquipélagos
vizinhos. Nos A<;ores (com nove ilhas) e Canárias (com sete) essa
política tem o campo aberto para a sua afirma<;ao; a macrocefalia de
S. Miguel e Terceira, Tenerife e Gran Canaria é urna consequencia
dessa situa<;ao.
Urna das vertentes mais pertinentes da economia insular é a
subssitencia das gentes que lá residem ou demandam os seus portos.
Deste modo a cultura dos cereais a da vinha, que definem os componentes
básicos da dieta alimentar dominam as iniciativas de valoriza<;
ao económica mediterraneo-europeia. A todas as ilhas chegam
os cereais e as cepas, dependendo a sua afirma<;ao das condi<;óes do
meio e do impulso dado pelos povoadores. Com o decorrer dos tempos
estabelece-se, naturalmente, urna reparti<;ao destas culturas
ficando os cereais nos A<;ores (S. Miguel, Terceira, Graciosa) e
Canárias (Lanzarote, Fuerteventura e Tenerife) enquanto o vinho
surgirá com grande relevo na Madeira, Pico, Tenerife, La Palma e
La Gomera. Para o cereal o mercado preferencial estava nas ilhas
ou arquipélagos vizinhos, enquanto com o vinho o mercado consumidor
será definido pelo continente americano e Inglaterra.
O a<;úcar e o pastel surgem na agricultura insular como urna
imposi<;ao europeia que se enquadra nas necessidades desse mercado;
a Europa distribui os produtos agrícolas pelas áreas adequadas
e assegura as condi<;óes necessárias a sua implanta<;ao,
escoamento e comércio. Os incentivos da coroa e municípios, aliados
a sua elevada valora<;ao pelos agentes europeus, actuaram como
mecanismo de desenvolvimento e expansao destas culturas no
mundo insular.
A cana-de-a<;úcar, pelo seu alto valor eonómico no mercado
europeu-mediterranico, foi um dos primeiros produtos que a Europa
nos legou e impos as novas áreas de ocupa9ao; primeiro na Madeira
e daí passou aos A<;ores e Canárias. Todavia nos A<;ores saíram
goradas as diversas tentativas de implanta<;ao desta cultura. Nas
Canárias a fase de apogeu, circunscrita a primeira metade do século
XVI, coincide com o declínio da mesma cultura na Madeira.
O pastel, outra importa<;ao europeia, surge nas ilhas da
Madeira, El Hierro, Tenerife, La Palma, S. Miguel, Terceira e
Faial, todavia só nestas últimas (a<;orianas) adquiriu urna dimensao
particular no comércio externo, nomeadamente com Inglaterra.
Como corolário dessa dinamica económica surge a actividade
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conexoes canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 871
comercial que anima as povoac;óes costeiras e estabelece a ligac;ao
deste espa90 com o mercado europeu, africano e americano.
A valorizac;ao da rota de conexao peninsular resoltou, nos tres
arquipélagos, das iniciais isen9óes fiscais e da manuten9iio pelos
povadores dos lac;os sentimentais a terra-mae, donde partiram os
cabouqueiros e chegavam os necessários artefactos.
As ligac;oes de cada arquipélago com o Velho e Novo Mundo
Atlantico eram assíduas e faziam-se a partir dos principais centros
de navegac;iio e comércio; na Madeira essa fun9iio era assumida pelo
Funcha!, enquanto nos Ac;ores distribuia-se por Angra e Ponta
Delgada e nas Canárias por Las Palmas e Santa Cruz de
Tenerife.
A partir destes importantes portos oceánicos delinearam-se
novas rotas de cabotagem que ligavam estes centros redistribuidores
as áreas productoras e consumidoras. Assim o porto de Angra detém
urna importante missao de conexao com as ilhas Graciosa, S. Jorge,
tal como a da Horta dominava o comércio do Pico. O mesmo sucede
nas Canárias em Las Palmas em rela9iio a Lanzarote e em Santa
Cruz de Tenerife em relac;iio a Fuerteventura, La Palma e La
Gomera.
Quanto as ligac;óes com o Novo Mundo a Madeira e as Canárias
estao numa posi9iio privilegiada, merce da sua situa9ao charneira
nas rotas de ida que ligavam o velho continente ao litoral
africano e índias Orientais e Ocidentais. Os Ac;ores porque posicionados
estratégicamente na rota de regresso do comércio oceánico
usufruiram apenas da possibilidade de contrabando ou das facilidades
resultantes da permanencia de mercados europeus empenhados
nesse trato.
As Canárias foram as ilhas que tiraram mais partido do comércio
com o Novo Mundo. O comércio canário-americano no século
XVI surge como urna grande esperanc;a e fonte de riqueza para as
gentes das ilhas, todavia essa situa<;ao deverá depender da disponibilidade
de recursos humanos, técnicos, materiais e, acima de tudo,
da relativa liberdade comercial existente até 1564, merce do controle
exercido pela Casa de Contratac;iio de Sevilha (1502).
Para a Madeira e A90res esse destino e mercado manteve-se,
por muito tempo, apenas como urna esperanc;a e, só em finais do
século XVI, ac;orianos e madeirenses conseguem penetrar aí com a
sua oferta ventajosa do vinho. Até lá restava a oportunidade de contrabandear
com as embarcac;óes que apareciam desgarradas ou des-
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
872 A. Vieira
protegidas na costa ac;oriana e madeirense. Todavia os mares da
Madeira porque alheios ao sistema de vigilancia as embarcac;oes
montado pela Provedoria das Armadas, sediada na Ilha Terceira e a
Armada das Ilhas, facilitavam o contrabando o que levou o monarca
filipino a establecer em 1581 limites e formas de seguranc;a a essa
abordagem «ocasional» (?).
A posic;ao estratégica do Medíterrdneo Atldntíco em face do
comércio e navegac;ao conduziu a sua valorizac;ao pelas coroas
peninsulares qua daí fizeram depender toda a acc;ao de apoio, defesa
e controle do comércio no espac;o oceanico. Estas eram os bastioes
avanc;ados da península, suportes e símbolos da hegemonia ibérica
no Atlantico.
O estudio da dinamica institucional insular assenta nas suas
principais componentes administrativas que deram consistencia
societallanc;ada pelos POyOS ibéricos no Atlantico. Nesse contexto o
século xv surge como o momento mais importante para a sua afirmac;
ao além-atlantico. Aí a Madeira e as Canárias detiveram urna
importancia primordial no lanc;amento ou expansao dessa nova
dinamica institucional. Todavia condicionantes de vária ordem definiram
uma diversa formula<;ao das institui<;óes e formas de governo;
a Madeira porque desocupada nao estava sujeita a qualquer entrave
a nova forma de governo lusíada, enquanto nas Canárias a existencia
de urna populac;ao indígena dificultou essa tarefa e permitiu a
subsistencia dos lac;os tardo-medievais no tipo de governo
experimentado.
2. A História das ilhas atlanticas tem merecido, na presente
centúria, um tratamento preferencial no ambito da História do
Athlntico; primeiro foram os investigadores europeus como F. Braudel
(1949), Pierre Chaunu (1955-1960), Frédéric Mauro (1960) e
Charles Verlinden (1960) a destacar a importancia do espac;o insular
no contexto da expansao europeia, depois surge a historiografia
nacional a corroborar essa ideia e a equacioná-Ia nas dinamicas da
expansao peninsular - Francisco Morales Padron (1955) e Vitorino
Magalhaes Godinho (1963).
Tal ambiencia condicionou os rumos da historiografia insular
nas últimas décadas, contribuindo para essa necessárias abertura as
novas teorias e orientac;oes do conhecimento histórico. Nesse contexto
as décadas de setenta e oitenta demarcam-se como momentos
importantes no progresso da investigac;ao e saber históricos; para
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 873
isso terá contribuido a defini~ao de estruturas institucionais e de iniciativas
afins, activadoras desse salto qualitativo.
Deste modo neste final da década de oitenta, importa fazer o
ponto da situa~ao da realidade historiográfica insular no sentido de
equacionar o progresso futuro e a sua adequa~ao as novas realidades
e desejos do findar deste século. Aqui apresentamos o nosso parco
contributo, rastreando essa realidade através da Historiografia,
arquivos, revistas e colóquios da especialidade.
A produ~ao historiográfica insular é desigual, dependendo o
seu número da existencia de literatos e de institui~óes capazes de
incentivarem a produ~ao e divulga~ao de estudos nos diversos domínios.
A similitude do processo vivencial aliado a sua permeabilidade
as perspectivas históricas peninsulares definiram urna certa unidade
na forma e conteúdo da historiografia insulana. Gaspar Frutuoso,
em finais do século XVI com as Saudades da Terra define e sintetiza
essa unidade insular, aproximando os arquipélagos da Madeira,
A~ores e Canárias. Esta situa~ao ímpar na historiografia só será
retomada na década de quarenta do nosso século pela historiografia
europeia e na nossa década pela nova gera~ao de historiadores insulares.
Essa consciencia histórica de unidade desta múltipla realidade
. arquipelágica será definida de modo preciso na expressao braudeliana
de Mediterrfmeo Atlfmtico.
A historiografia insulana permeável as suas origens europeias
surge na alvorada da revolu~aodo conhecimento cosmológico como
a expressao pioneira dessa novidade e, ao mesmo tempo, como urna
necessidade institucional de justifica~ao da interven~ao e soberania
peninsular. Deste modo o período que medeia os séculos XV e XVI é
marcado por urna produ~ao historiográfica mais europeia que local,
próxima da crónica e da literatura de viagens, onde esses ideiais se
expraiam. Os factos históricos e as impressóes das viagens atlanticas,
perpetuados nas crónicas e relatos de diversa índole terao urna
utiliza~ao posterior de acordo com as exigencias da época. A prosa
histórica é impreganada desse ideal romantico servindo-se de perspectivas
e formas positivistas para justificarem e fundamentarem
certos meteoritos políticos que a sociedade insular contemporanea
é portadora.
No culminar desse processo as exigencias académicas, com a
expansao do saber universitário, as solicita9óes do novo saber histórico
condicionaram esse avan~o qualitativo da historiografia, a partir
da década de quarenta. Assim nas Canárias a tradi9ao e vivencia
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
874 A. Vieira
universitária condicionaram esse forte arranque, enquanto nos A90res
o academismo cultural e, depois a universidade lan9aram este
arquipélago para urna posi9ao similar. A Madeira, prenhe em documentos
manteve-se numa posi9ao secundária, merce da falta desse
suporte institucional e académico. Todavia as condi90es emanentes
da dinamica autonómica com o aparecimento de suportes institucionais
auguraram um futuro promissor.
A Historiografia insulana desenvolve-se por tres épocas distintas,
marcadas por um modo diferente de equacionar e relatar o facto
histórico; primeiro um momento inicial, entre os séculos xv y XVIII,
em que o discurso se formaliza na crónica; segundo período definido
pelo século XIX e primeira décadas do seguinte, marcado pela vaga
romantica; terceiro o defrontar de urna nova era, a partir da década
de quarenta do nosso século, que condicionou a política arquivístiva
e a investiga9ao universitária.
O primeiro momento é definido por una situa9ao ímpar no equacionar
da realidade histórica insular, pela primeira vez alguém
ousou encarar estas ilhas do At1l1ntico Oriental (Madeira, Canárias,
Cabo Verde) como urna unidade indelével e afim, marcada por
momentos de grande importancia para o devir histórico do Atlantico
nos séculos XV e XVI. Note-se que só a partir de meados do nosso
século a Historiografia europeia se deu conta dessa realidade, merecendo
assim o trabalho de Gaspar Frutuoso -Saudades da Terraurna
posi9ao de relevo no panorama historiográfico insular.
O século presente é sem dúvida o momento de afirma9ao da
Historiografia insulana; um conjunto variado de realiza9óes públicas,
o lan9amento de publica9óes da especialidade e a cria9ao dos
arquivos distritais ou provinciais alicer9aram essa nova realidade1
•
Todavia o interesse pela temática das conexoes insulares é urna
realidade recente, cabendo a Elias Serra Rafols2 o mérito de apontar
a necessidade de urna valoriza9ao na pesquisa histórica de presen9a
portuguesa em Canárias e das influencias daí resultantes. Apenas
José Pérez VidaP entendeu esse apelo e procedeu a exaustivos estudos
do domínio etnográfico e linguístico que revelaram quao importante
é essa presen9a e influencia portuguesa na sociedade
canária.
Por parte dos historiadores essa temática só come90u a interessar
com o aparecimento dos colóquios nos tres arquipélagos na presente
década; assim em 1982 no V Colóquio Internacional de
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 875
Histórica Canario-Americana realizado em Las Palmas Artur Teodoro
de Matos4 chamava a aten<;ao para as conexóes canárioa<;
orianas o que motivou no ano imediato a presen<;a de Manuel
Lobo Cabrera, Elisa Torres Santana e M. Martin Socas5 na Terceira,
no 1 Colóquio Sobre os Ar;ores e o Atldntico. Séculos XIVXVII
em que identica análise de relacionamento das Canárias com
a Madeira e os A<;ores na perspectiva das fontes canárias.
Deste modo em 1986 com a realiza<;ao do primeiro Colóquio
Internacional de História da Madeira essa temática fica consignada
nos meios historiograficos insulares, sendo o motivo dominante da
sua realiza<;ao. Aí se discutiram em mesa-redonda, questóes importantes
das dimlmicas insulares e surgiram importantes estudos sobre
as conexóes canario-madeirenses6 •
Foi nessa ambiencia que foi criado a 6 de Agosto de 1985 o
Centro de Estudos de Historia do Atlantico com sede na Madeira
com o intuito de congregar os esfor<;os dos investigadores insulares
em prol de um mais vasto conhecimento da realidade histórica deste
espa<;o conhecido como o Mediterraneo Atlantico.
Também nós empenhamos desde 1983 no estudo desta realidade
em termos comparativos e de relacionamento; aí tivemos oportunidade
de constatar a importancia do cereal nas conexóes
canario-a<;oriano-madeirenses, bem como das possíveis vias de
abordagem destas ilhas, recorrendo ao método comparativo, de que
resultaram algumas observa<;óes importantes sobre o direito local8 e
as dinamicas económicas e sociais.
Para isso socorremo-nos da extansa bibliografia disponível,
nomeadamente para as Canárias, e das fontes documentais existentes
nos arquivos dos tres arquipélagos; enquanto nas Canárias essa
pesquisa incidiu preferencialmente nos protocolos, para a Madeira
abordamos os núcleos mais importantes do Arquivo Regional da
Madeira (Verea<;óes do Funchal Séculos XV-XVII, Julgado de Resíduos
e Capelas, Misericórdia do Funchal e Registros Paroquiais
1538-1700). Aqui destaque para as verea<;óes do município funchalense
que, merce da obrigatoriedade da abertura do cereale mais
produtos de importa<;ao no Senado da CamaralO, permitiu-nos, a
falta dos registos alfandegários, contabilizar as rela<;óes comerciais
com esses dois arquipélagos vizinhos. A falta dos registos notariais
nos tres primeiros séculos de vida da sociedade madeirense impedenos
de avan<;ar no conhecimento da economia e sociedade desta ilha
e por consequencia dos mecanismos activadores dessas conexóes
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
876 A. Vieira
canário-madeirenses. O mesmo se poderá dizer com os registos
alfandegários, principais testemunhos desse relacionamento da ilha
com o exterior, de que apenas dispomos de alguns fragmentos para o
Funchal e Santa Cruzll •
3. Para Pérez Vidall2 a presen<;a portuguesa nas Canárias
resultou da sua interven<;ao em dois momentos decisivos; um primeiro,
demarcado pela iniciativas políticas da coroa e do infante D.
Henrique, nos séculos XIV e XV que terá o seu epílogo em 1479 com
o tratado de Alcá<;ovas, um segundo de iniciativa particular, abrangendo
os séculos XVI e XVIII em que os impulsos individuais se
sobre pem a iniciativa oficial. Este último é o momento de expressao
plena dessa presen<;a lusíada e de paulatino efinhar dessa realidade
em face da separa<;ao das coroas ibéricas e da guerra de fronteiras
mantida até 1665. Deste modo a conjuntura política teve urna
influencia decisiva na afirma<;ao desta realidade.
Aliás esta é uma dimensao que acompanha desde o início as
conexóes canário-madeirenses, pois enquanto no século XV a vincula<;
ao da Madeira a Lanzarote se filia na célebre questdo das Canárías
13, para os finais do século seguinte a reafirma<;ao dessa
realidade e o seu alargamento a todo o arquipélago canário é resultado
da ocupa<;ao da ilha em 1582 por D. Agustin Herreral 4, acto
que materializou na Madeira a uniao das coroas peninsulares. Todavia
o efeito social destes dois fenómenos em ambos os arquipélagos
foi diverso, pois enquanto o primeiro permitiu a afirma<;ao do madeirense
em Lanzarote, o segundo para além do natural refor<;o dessa
realidade condicionou a presen<;a canária no Funchal que nunca foi
muito significativa na sociedade madeirensel5 • Talvez o momento de
interven<;ao mais significativo surja no século xv com a presen<;a
dos aborígens canários, na condi<;ao de escravos, ao servi<;o da pastorícia
e safra do a<;úcarI6 •
Se a componente política se deverá conceder o mérito de abertura
dessa movimenta<;ao social, as conexóes económicas ficará a
missao de refor<;ar e sedimentar esse realacionamento, desta forma as
conexóes comerciais surgem em simultáneo como consequéncia e causa
dessas migra<;oes humanas. Todavia esse relacionamento só adquirirá a
sua plenitude no século XVI, incidindo preferencialmente no comércio
de cereais dos mercados produtores de Tenerife, Fuerteventura e
Lanzarotel 7, resultado do processo económico assente na
complementaridadel8 •
Deste modo orientamos a nossa aten<;ao para estas duas com-
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 877
ponentes das conexóes canário-madeirenses para depois revelarmos
sumariamente as possíveis implica<;óes em ambas as sociedades,
testemunhadas pela etnografia e linguística.
A proximidade da Madeira ao arquipélago canário em conjuga<;
ao com o rápido surto do povoamento e valoriza<;ao sócioeconómica
do solo madeirense orientaram aten<;óes do madeirense
para esta promissora terra. Assim decorridos apenas vinte e seis
anos sob a sua ocupa<;ao os madeirenses embrenhar~-se na controversa
questao das Canárias ao servi<;o do infante. Em 1446 Joao
Gon<;alves, sobrinho de Zargo, é enviado pelo infante a Lanzarote
como plenipotenciário para firmar o contrato de compra dessa ilha.
Acompanham-no caravelas de Tristao Vaz, capitao donatário em
Machico e de Garcia Homem de Sousa, genro de Zargol9 • Passados
alguns anos, em 1451, o infante envia nova armada, organizada
pelos vizinhos de Lagos, Lisboa e Madeira, participando nela Rui
Gon<;alves filho do donatárico do Funchal20 •
Esta interven<;ao madeirense na empresa canária conduziu a
urna maior aproxima<;ao dos dois arquipélagos ao mesmo tempo que
influenciou o tra<;ado de vias de contacto e comércio entre os dois
arquipélagos. Pela Madeira tivemos, primeiro, o saque fácil de maode-
obra escrava para a safra do a<;úcar e, depois, o recurso ao cereal
e a carne, necessários a dieta alimentar do madeirense21 • Pelas
Canárias o recurso a Madeira com o porto de abrigo das gentes
molestadas com a conturbada situa<;ao que aí se viveu no século XV.
Note-se que em 1476 com a ac<;ao de conquista levada a cabo por
Diogo de Herrera, muitos dos descontentes com a situa<;ao das ilhas
emigraram para a Madeira ou Castela22 • De entre estes tivemos em
1476 a vinda para a Madeira de Pedro e Juan Aday, Juan de Barros,
Francisco Garcia, Bartolomé Heveto e Juan BemaF3.
Esta corrente migratória resultante do descontentamento
gerado em face do processo de conquista e ocupa<;ao do arquipélago
canário iniciara-se já por volta de meados do século xv, sendo seu
arauto Maciot de Bettencourt. Este amargurado com o evoluir do
processo e em litígio com os interesses da burguesia de Sevilha cede
em 1448 o direito do senhorio de Lanzarote ao infante D. Henrique
mediante avultada soma de dinheiro, de fazendas e regalias na
Madeira24
• Iniciava-se assim urna nova vida para esta família de origem
normanda que das Canárias passa a Madeira e aos A<;ores,
relacionando-se aí com a principal nobreza da terra, o que lhe valeu
urna posi<;ao destacada na sociedade madeirense e micaelense do
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
878 A. Vieira
século XVI25. No desterro de Maciot de Bettencourt acompanharamno
a sua filha Maria e os seus sobrinhos e netos Henrique e Gaspar.
Todos estes conseguiram urna posic;ao de prestígio e avultadas
fazendas merce do seu relacionamento matrimonial com as principais
famílias da Madeira. D. Maria Bettencourt, por exemplo, casou
com Rui Gonc;alves da Camara, filho-segundo do capitao do donatário
do Funchal e futuro capitao do donatário da ilha de S.
Miguel.
A compra em 1474 por Rui Gonc;alves da Cámara da capitania
da ilha de S. Miguel implicou a ramificac;ao desta família aos Ac;ores.
Com D. Maria Bettencourt seguiu para Vila Franca o seu
sobrinho Gaspar que mais tarde viria a encabec;ar o morgadio da tia
em S. Miguel, avaliado em 2.000 cruzados26 • Os filhos deste, Henrique
e Joao evidenciaram-se na época pelos servic;os acoroa, tendo
recebido em troca muitos benefícios.
Henrique de Bettencourt preferiu o sossego das terras da Band'Além,
na Ribeira Brava, onde vivia em riquíssimos aposentos. Aí
institui um morgado e teve urna intervenc;ao muito activa na vida
municipal e nas campanhas africanas27 • Os seus descendentes
destacaram-se na vida local e nas diversas campanhas militares em
África, Índia e BrasiF8.
Se esta primeira vaga migratória trau o rumo e destino madeirense,
a expedic;ao pacificadora de D. Agustin de Herrera, conde de
Lanzarote, em 1582, sedimentou e estreitou os contactos entre a
Madeira e Lanzarote29 • O próprio conde de Lanzarote, na sua curta
estadia na ilha, foi um dos arautos desse relacionamento, pois ligouse
aos Acciaiolis, importante casa de mercadores e terratenentes florentinos,
sediada na ilha desde 15153°.
As hostes castelhanas seguiram o exemplo do chefe, tendo muitos
dos trezentos homens do presídio criado família na ilha31 • Notese
que no período de 1580 a 1600 os espanhóis surgem em primeiro
lugar na imigrac;ao madeirense32 •
O descerco em 1640 trouxe consigo consequencias funestas
para esse relacionamento. Assim a propulac;ao oriunda da Madeira
sediada em Lanzarote foi alvo de represálias, sendo de destacar a
confiscac;ao dos bens do filho varao de Simao Aciaioli que casara
com a filha do Conde de Lanzarote33 •
En síntese o relacionamento humano da Madeira com a ilha de
Lanzarote define-se por duas fases distintas, ambas consequencia da
conjuntura política. Primeiro, em 1448, a compra do senhorio de
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 879
Lanzarote pelo infante D. Henrique tra'1ou esse rumo. Depois a
expedi'1ao do Conde de Lanzarote em 1582 refor'1ou-o e manteve-o
até 1640. As hostilidades que conduziram ao descerco da tropa do
presídio puseram em causa esse relacionamento comercial e humano,
em ambos os sentidos.
A esse desmesurado empenhamento madeirense na luta pela
atribui'1ao da soberania das Canárias deverá juntar-se o empenho dos
chefes da conquista castelhana em encontrar na Madeira as gentes e
os productos necessários a valoriza'1ao económica do arquipélago;
tal veio a suceder com a iniciativa do govemador de Gran Canaria,
D. Pedro de Vera, de solicitar a Madeira as socas de cana e os ténicos
necessários a promO'1ao dessa cultura34 • Estava assim aberta a
via para essa influencia decisiva do madeirense na agricultura
canária.
Desta forma o impacto lusíada nas Canárias surgiu muito cedo
tendo a Madeira como um dos principais eixos dese movimento.
Essa presen'1a alarga-se as ilhas de La Palma, Lanzarote, Tenerife e
Gran Canária, adquirindo aí os portugueses urna posi'1ao de destaque,
surgindo entre os principais obreiros da valoriza'1aO económica
destas ilhas; estes foram exímios agricultores, pescadores, pedreiros,
sapateiros, mareantes, deixando marcas indeléveis da portugalidade
na sociedade canária35 •
A tradi'1ao bélica e aventureira de alguns desses troncos madeirenses
levou-os aparticipa'1ao activa nas campanhas de conquista
de Tenerife36 , recebendo por isso, como recompensa, inúmeras
dadas de terra37
; daí a forte presen'1a lusíada nesta ilha, onde em
algumas localidades, como Icode e Daute, surgem como o grupo
maioritári038 • Alías Granadilha foi fundada por Gonzalo Gonzalez
Sarco filho de Joao Gon'1alves Zarco, capitao do donatário no Funchal39
• A prova da importancia da comunidade lusíada nesta ilha
está atestada nos acuerdos del cabildo onde estes sao sempre
referenciados em segundo lugar40 • O mesmo se poderá dizer em rela'
1ao a vizinha ilha de La Palma onde os portugueses marcaram bem
forte a sua presen'1a, tendo a testemunhá-Io a existencia de alguns
registos paroquiais feitos em portUgueS41 • Entretanto em Lanzarote
destacar-se-á nesse contexto o forte impacto madeirense comprovado
aliás pelas inúmeras referencias da documenta'1ao e pela afirma'
1ao de Viera y Clavij042 de que a Madeira era tao familiar
para os lanz.arotenhos que era conhecida aí como a ilha 43 •
Em Gran Canaria e Tenerife a presen'1a portuguesa no século
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
880 A. Vieira
XVI repercutia-se na toponímia as ruas de Las Palmas, Santa Cruz e
San Cristóbal onde encontramos urna rua com a designa~ao calle de
los portugueses44 •
Essa acentuada presen~a lusíada no arquipélago será resultado
nao só das possibilidades económicas que o mesmo oferecia e as
necessidades em mao-de-obra, mas também pela possibilidade que
oferecia a penetra~ao no comércio com a corte africana e depois
com o novo continente american045 • Assim num primeiro momento
seremos confrontados com um grupo numeroso de aventureiros dos
quais se recrutaram os oficiais mecanicos e agricultores e só depois
surgindo os agentes de comércio e transporte46 , todos eles tiveram
urna aC9ao decisiva na valoriza9ao económica do arquipélago nos
séculos XV e XVII. Ao invés os primeiros italianos e flamengos que
surgem nesse arquipélago sao predominantemente mercadores que
investem a sua fortuna no progresso destas ilhas47 •
Se esta aproxima9ao ao real valor e dimensao da presen9a portuguesa
se torna possível quantificar no global, o mesmo já nao sucederá
ao nível local de cada regiao pois só raramente aparece
testemunho, nos diversos actos naturais, desse local de origem dos
intervenientes portugueses. O facto de muitos destes surgirem em
diversos actos relacionados com outros da Madeira ou outorgando
poderes para a cobran9a de dívidas e administra9ao das heran9as
leva-nos a suspeitar da sua origem madeirense. Todavia neste
momento apenas nos preocupamos com aqueles que permitiram
exarar na documenta9ao a sua origem madeirense.
A partir de uma listagem desses madreirenses, reunida na diversa.
bibliografia e documenta9ao consultada constata-se a maior incidencia
destes nas ilhas de Lanzarote, Tenerife e Gran Canaria:
Morada Século XVI Século XVII TOTAL
Fuerteventura - 1 1
.Gran Canaria 20 7 27
Hierro 1 - 1
La Palma 1 5 6
Lanzarote 10 225 235
Tenerife 38 11 49
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos XV a XVII 881
Esses trezentos e dezanove madeirenses que deixaram registados
o seu nome e origem na documental;ao de Canárias surgem
entre 1508 e 1668, incidindo a maioria (80%) no período de uniao
das duas coroas, o que testemunha ter sido este um momento assaz
benéfico para o sedimentar das conexóes canário-madeirenses. O
mesmo se poderá dizer quanto aos poucos canários que rumaram na
direcl;ao da Madeira; apenas no período de 1530 a 1614 surgem
trinta e cinco também maioritariamente (71%) incidindo nesse
momento.
Século
Origem XVI XVII Total
Tenerife 4 5 9
La Palma 4 2 6
Lanzarote 2 2 4
Gran Canaria 6 7 13
Hierro 1 - 1
Fuerteventura - 1 1
? 1 - 1
Num e noutro caso nota-se urna incidencia particular nas ilhas
de Tenerife, La Palma, Lanzarote e Gran Canaria, aqueles que
acolheram os madeirenses e mantiveram um trato assíduo com a
Madeira nos séculos em causa. Todavia ao nível das actividades
sócio-profissionais deste grupo migrante destaca-se algumas diferenl;
as, assim enquanto esse grupo que surge na Madeira é composto
preferencialmente por soldados que desde 1582 vieram para a ilha
no terl;o de ocupal;ao, para os madeirenses sediados nas Canárias a
sua actividade situa-se mais no sector do comércio e transporte
(28%) e nos diversos ofícios mecanicos (15%), destacando-se no
primeiro caso os mercadores (80%) e no segundo os sapateiros
(38%). Aliás em relal;ao a este último ofício os madeirenses eram aí
conhecidos como exímios executantes e afamados mestres nessa
arte48 • Na Madeira a cultura das peles e manufactura do call;ado
eram um sector privilegiado das artes oficinais e além disso a ilha
era um importante centro produtor de sumagre tao necessário aos
curtumes que se exportava em grandes quantidades para as Canárias49
• Note-se, ainda que ambos os ofícios supracitados tem urna
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
882 A. Vieira
incidencia particular na ilha de Lanzarote, surgindo aí 94% dos
mercadores e 83% dos sapateiros.
A classe mercantil de origem madeirense sediada nas Canárias
segue um rumo peculiar; assim estes ao contrário dos flamengos e
italianos nao se avizinham de imediato, mantendo o seu estatuto de
estantes e só depois com o progresso das suas operaeróes comerciais,
dos investimentos fundiários é que surge a necessidade de se instalar
com carácter permanente. Esta situaerao domina de un modo geral a
comunidade madeirense urna vez que só no período da uniao das
duas coroas o madeirense renuncia a esse estatuto precário e
adquire o de vizinho ou residente. Certamente a continuidade e
aumento das conexóes canário-madeirenses conduziram a essa
viragem.
As mudan9as operadas na conjuntura política a partir dos acontecimentos
do ano de 1640 condicionaram essa situaerao do madeirense,
assim este que até entao usufruia de um estatuto preferencial
na sociedade e economia lanzarotenha, por exemplo, desaparece
paulatinamente do palco de acerao. E, facto insólito, os poucos que
conseguimos rastrear na documentaerao procuram ignorar ou apagar
a sua origem, surgindo apenas com a indica<;iio de vizinhos. Pelo
menos é o que sucede com Domingos Pires, mercador madeirense,
que na carta de fretamento de 13 de Setembro de 164550 apenas se
identifica como vizinho, quando em 162951 nao ignorava a sua origem
madeirense.
Poderá entender-se esta mudanera de atitude como um esquecimento
premeditado da origem como forma de se furtar a
qualquer represália52 •
Na consulta que fizemos aos protocolos de Lanzarote no
período de 1619 a 1670 constatamos, a partir de 1645, um hiato no
rastreio das operaeróes envolvendo madeirenses ou que tenham a
Madeira como ponto de referencia; encontramos apenas dois documentos
isolados, sendo um de 1653 e o outro de 166853 • Aliás dos
duzentos e sessenta actos que reunimos na documentaerao para esse
período apenas dez sao posteriores a 1640, sendo oito nos primeiros
cinco anos dessa década.
Deverá entender-se, mais urna vez, este hiato como resultado
da represália em face dos acontecimentos políticos que se sucederam
a partir de 1640 ou ao invés um desinteresse mútuo pela manutenerao
dessas conexoes.
Note-se que esta situa9ao coincide com o tim do relaciona-
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 883
mento comercial incidindo sobre os cereais pois a partir de 1641 o
cereal de Canárias deixa de aparecer no Funchal, sendo substituido
pelo a<;oriano ou por novos mercados como a Berberia e América do
Norte54 • Esta última situa<;ao será resultado da crise da produ<;ao
cerealífera canária ou fruto dessa ambiencia de mútua represália
peninsular.
4. O fenómeno migratório entre a Madeira e as Canárias tem a
sua origem na diversa conjuntura política dos séculos xv e XVI, para
as conexóes comerciais essa motiva<;ao deverá ser encontrada na
estratégia de desenvolvimento económico definida pelas coroas
peninsulares para estas ilhas; a especializa<;ao de urna determinada
área, numa determinada cultura só será possível se próximo existir
um hiterland capaz de satisfazer as suas carencias alimentares.
Deste modo a afirma<;ao das culturas da cana-de-a<;úcar e da vinha
na Madeira só se tornou possível quando ficou garantido nas ilhas
vizinhas das Canárias e A<;ores o necessário celeiro e a<;ougue
capaz de suprir as carencias alimentares dos madeirenses. Essa
complementaridade do espa<;o insular será a principal origem das
conexóes comerciais que se estabelecem entre ilhas ou arquipélagos.
As dificuldades surgidas com o provimento do cereal a<;oriano ao
Funchal, estabelecido em 1508 como obrigatório pela coroa, terao
conduzido adefini<;ao deste segundo mercado, cuja dificuldade em
penetrar estava minorada em face da presen<;a dominante de madeirenses
em algumas das ilhas das Canárias que dispunham do necessário
excedente cerealífero - Tenerife e Lanzarote55 •
Deste modo a Madeira que no século XV se havia afirmado
como um importante mercado fornecedor de cereal ao reino e as
pra<;as de Marrocos surge já na década de setenta dessa centúria
com dificuldades no seu abastecimento pelo que se tornava necessário
estabelecer urna nova área capaz de substituir a ilha nessa missao
frumentária e de atender as suas necessidades. Assim sucedeu
com o progresso da explora<;ao do solo a<;oriano que veio exercer
essa necessária substitui<;ao e alternativa as solicita<;óes madeirenses.
Giulio Landi, na década de trinta do século XVI aquando da sua
visita a Madeira tomou contacto com essa realidade e dela
deixou memória:
«A ilha produziria em maior quantidade se semeasse. Mas a
ambi<;ao das riquezas faz com que os habitantes descuidando-
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
884 A. Vieira
se de semear trigo, se dediquem apenas ao fabrico de a<;úcar,
pois deste tiram maiores proveitos, o que explica nao se coIher
na ilha trigo para mais de seis meses. Por isso há urna carestia
de trigo pois em grande abundancia é importado das iIhas
vizinhas»56
Desta forma a Madeira precisa de importar anualmente de 1/3
a 1/2 do cereal que se consumia na ilha, isto é tres quatro mil moios.
Se tivermos em considera<;ao que os A<;ores dispunham apenas de
um valor identico a esse para exporta<;ao, no qual se incluia o provimento
obrigatório das pra<;as africanas, e de que a exportac;ao para a
Madeira nao ultrapascia os nossos vizinhos de vinho, sumagre, fruta
verde e seca e artefactos. Todavia o cereal surge aí como o principal
móbil desse movimento comercia15s. Esta rota de abastecimento,
definida em princípios do século XVI, dominou as referidas conexóes
até meados do século seguinte. A sua afirmayao dependerá nao só
de entrave a<;oriano a esse necessário fomecimento, mas também
pela facilidade dos contactos com este arquipélago, merce da sua
proximidade e presen<;a de inúmeros madeirenses nessas ilhas.
Nao obstante alguns testemunhos apontarem para um relacionamento
canario-madeirense a partir da década de quarenta do
século xv, este só será urna realidade, ao nivel comercial, no século
XVI. Assim a primeira referencia ao envio de cereal é datada de
1504 sendo este proveniente de La Palma a que se segue em 1506
de Tenerife e em 1523 de Lanzarote.
Também aqui a documenta<;ao nos atrai<;oou pois a falta dos
registos de entrada e saída nos tres arquipélagos impede-nos de
quantificar e avan<;ar no conhecimento dessa realidade. Por felicidade,
a exigencia estabelecida no século XVI pela verea<;ao funchalense
de que todo o cereal vendido na cidade deveria ser aberto,
permitiu-nos estabelecer urna séria de dados próximos dessa
ambiencia que nos permitem ter urna ideia do movimento de cereal
no porto do Funchal no período de 1510 a 1642. Durante esse
período entraram no Funchal 16.598 moios de cereal, sendo 25%
oriundo das Canárias.
A informa<;ao disponível na documenta<;ao de Canárias aponta
para a saída dessas ilhas de apenas 2.070 fanegas, valor que está
aquém da realidade, urna vez que as estimativas feitas a partir do
movimento das embarca<;óes poderá levar-nos a um valor cinco
vezes superior. Note-se que na documenta<;ao madeirense surgem
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 885
documentadas 8.788 fanegas de cereal canário em que 29% é proveniente
de Lanzarote e 13% de Tenerife.
Para o período de 1504 a 1530 Manuel Lobo Cabrera e M.
Martin Socas59 dao conta da saída de 2.070 fanegas de cereal para o
Funchal, estimado num total de nove mil fanegas de acordo com o
movimento de embarca<;6es. Para o período de 1504 a 1640 ternos
referencia de 2.872 fanegas e de mais de quinze embarca<;6es reservadas
saya os mil e duzentos moios, teremos que admitir a necessidade
de recurso a novos mercados, como o canário e europeu, para
se poder assegurar o número necessário de moios de cereal57 •
O cereal surge assim como o principal factor desse intenso tráfico
comercial entre a Madeira e as Canárias nos séculos XVI e XVII.
Todavia a esse produto se juntaram outros como contrapartida ou
subsidiários desse movimento; mas a falta dos registos de entrada e
saída em ambos os arquipélagos nao nos permite abalizar quer da
dimensao desse movimento quer da importancia desses produtos
transacionados. Para o período de 1506 a 1698 conhecemos apenas
trinta e dois fretamentos de embarca<;6es, concretizados nas Canárias
com destino aMadeira, e de cinquenta com referencia de saída
do Funchal ou Santa Cruz com destino a essas ilhas. No primeiro
caso destaca-se, no século XVI, o porto de Santa Cruz de Tenerife
(90%) e no seguinte o de Arrecife de Lanzarote (82%). Estas
embarca<;6es conduziram aMadeira o cereal (trigo, cevada, centeio)
a que se juntava, por vezes, urzela, sal, couros; toucinho, carne,
queijo, pez, animais vivos (cameiros e cabras), a<;úcar.
A partir da Madeira saíram apenas nove embarca<;6es no
século XVI e quarenta e urna no seguinte, sendo destas últimas seis
com destino a Puerto de la Cruz, dezassete a Lanzarote e dezasseis
a Gran Canaria. O quadro das embarca<;6es saídas da Madeira
elucida-nos ainda que esse hiato estabelecido em 1640 pela conjuntura
política peninsular foi passageiro pois em 1668 resta-se esse
movimento com urna certa pujan<;a que será manifesta nas duas últimas
décadas onde surgem 41% das embarca<;6es em causa. As mercadorias
continuam a ser as mesmas tal como sucede com os portos
de destino -Gran Canaria, Tenerife, Lanzarote-. Deste modo
poderá dizer-se que este corte foi sol de pouca dura incapaz de por
em causa as conex6es canario-madeirenses. Os produtos transacionados
eram' em especial, vinho, sumagre, escravos e pano (estopa,
buriel e liteiro) a quese juntavam, por vezes, fruta verde, alhos,
esparto, doces, a<;úcar, aguardente, tabaco, lou<;a, madeiras para
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
886 A. Vieira
pipa e peixe seco. Aí destaca-se o vinho, a<;úcar, sumagre, de que se
refere frequentemente a saída para Lanzarote e Gran Canaria.
Em síntese a Madeira recebia o cereal e a carne das Canárias e
em troca abaste ao envio de cereal que poderá rondar as 10.672
fanegas. Enquanto no primeiro quarto do século XVI esse comércio é
dominado pela ilha de Tenerife, nos momentos seguintes a supremacia
será atribuída a Lanzarote que surge apenas em 1526, mas que
adquirirá urna posi<;ao hegemónica nas últimas décadas da centúria,
situa<;ao que se manterá até 1640. Aliás no tráfico marítimo entre os
dois arquipélagos Lanzarote detém a supremacia pois mais de
metade saíram dessa ilha.
O surto destas actividades comerciais nos séculos XVI e XVII,
nomeadamente no periodo de 1580 a 1640, deverá ser entendido
como o resultado do total empenhamento do madeirense nessa rota;
ele era o principal interessado nesse produto e por isso foi o principal
obreiro desse tráfico, assegurando os meios e agentes necessários
a sua concretiza<;ao. Esta era urna tarefa da sua exclusiva
responsabilidade e que raramente delegava noutros portugueses do
reino ou castelhanos. Para que isso se tornasse realidade foi necessário
criar vínculos aos principais portos canários ou representa<;óes
compativeis com a dimensao das opera<;óes comerciais em causa.
Daí o seu aparecimento, nomeadamente em Lanzarote, como
vizinho detentor de bens patrimoniais e relacionado matrimonialmente
com alguns locais. A familia e a dimimica de solidariedade
gerada pela comum origem madeirense assegura a necessária confian<;
a dos interlocutores desse negócio. A par disso a posi<;ao preferencial
do portugues, e porque nao madeirense, nesse processo
deveria garantir-Ihe um elevado pecúlio.
5. O impacto lusiada na sociedade canária, demarcado pelosséculos
XV a XVII, implicou múltiplas influencias no quotidiano destas
ilhas, nos seus mais variados aspectos. Deste modo o equacionar
dessa influencia nao deverá resumir-se apenas ao rastreio documental
dessa realidade, tomando-se necessária urna aten<;ao e pesquisa
alargadas a outros campos das ciencias humanas. A etnografia, a
linguística sao potenciais campos de interesse nesse dominio. Nesse
contexto destacam-se os trabalhos de Pérez Vidal que teve o mérito
de ser o primeiro a ficar desperto para esta problemática e de avan<;
ar com um projecto de pesquisa de elevado nivel, que deu muitos
bons resultados60 •
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As canex6es canaria-madeirenses nas séculas X:V a XVII 887
As aporta~óes linguísticas portuguesa a sociedade canana
foramo domínio que o autor mais revelou o seu empenho e do qual
resultaram inúmeros trabalhos reveladores da dimensao que assumia
a presen~a lusíada na sociedade canária. Esse contributo situa-se ao
nível da nomenclatura do sector dos ofícios, dos instrumentos e produtos
agrícolas, da designa~ao das espécies piscícolas. Neste último
caso essa nomenclatura é de influencia marcadamente madeirense61
•
Tendo em considera~ao o forte impacto madeirense em algumas
ilhas deste arquipélago parece-nos necessário adequar a metodologia"
de pesquisa a essa realidade, procurando ver nesse contexto
quais os aspectos específicos desta regiao que para aí foram levados
juntamente com os gerais de Portugal. Assim a análise comparada
desses portuguesismos com a nomenclatura típica do falar madeirense
poderá ser reveladora dessa recóndita realidade62 •
Por outro lado o facto de os portugueses surgirem aí como artesaos,
construtores, agricultores, terá contribuido para que essa
influencia lusíada abarcasse os vários campos do quotidiano, surgindo
aí instrumentos e técnicas de labora<;ao e constru~ao portugueses63
• No caso particular da safra do a<;úcar e da vinha, em que a
Madeira se destaca pelo pioneirismo do seu aproveitamento no
espa<;o atlantico, essa influencia madeirense deverá ser relevante.
Nesse contexto se destaca o complexo a<;ucareiro, dominado pelos
canaviais, casas de habita<;ao, engenho e acequias, que deverá ser
urna aporta<;ao madeirense. Aqui no caso do aproveitamento das
águas para o regadio e for~a motriz nos engenhos o madeirense
levou consigo as levadas64 e adaptou-as ás condi~óes do novo ecosistema
que por certo nao era muito diferente de seu local de
origem65 •
Também na viticultura encontramos marcas que nos poderao
abonar a favor de urna influencia madeirense; as latadas de La Palma66
, a comum designa<;ao de algunas castas -negra mole, boal,
verdelho- e identica tecnologia do lagar67 • Note-se aliás que,
para além da exporta~ao assídua de vinho para essas ilhas, a Madeira
também lhes fomecia arcos e madeira para pipas.
Também a presen<;a de canários na Madeira, ainda que diminuta,
deixou algumas marcas indeléveis, destes destacam-se os aborígenes
para aqui conduzidos na segunda metade do século xv que
nos legaram alguns aspectos do seu quotidian068 • Este é um campo
ainda virgem que espera por quem de direito para o revelar, todavia
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
888 A. Vieira
podemos enunciar já alguns elementos que corroboram essa realidade.
Em primeiro lugar destacamos alguns guanchismos, como
tabaiba e Garachico, e a influencia na dieta alimentar como a generaliza<
fao do gofio, nomeadamente no Porto Sant069 • A par disso
podemos revelar que em nosso entender o uso de odres -borracho
na Madeira- para o transportar de vinho de Madeira derivou dessas
influencia berbera. Nao obstante o seu uso em Lisboa no século
para o transporte de mel e azeite70 , parece-nos que a sua generaliza<
fao na Madeira foi resultado da presen<fa dos aborígenes canários
na centúria quatrocentista. Note-se aliás que o povoamento cinegético
das Desertas7l foi feito com cabras daí oriundas e que os referidos
aborígenes foram exímios no pastoreio deste animal. A par disso
encontramos em ambas as ilhas, no século XVI, o uso generalizado
deste tipo de vasilhame para o transporte de vinho, sendo conhecido
na Madeira como odre e nas Canárias como botan.
Deste modo o estudo das conexoes canário-madeirenses nao se
deberá resumir apenas ao rastreido dessa presen<fa e interven<fao na
documenta<fao histórica posi deverá atender-se a outros domínios da
pesquisa que abonem em favor dessa realidade, em que a etnografia
e a linguística terao necessariamente algo a dizer. Por outre lado a
concretiza<fao deste projecto só será possível por meio de um plano
integrado de pesquisa a comparticipa<fao de investigadores de vários
quadrantes. Só desta forma será possível das sociedades insulares e
a historiografía insulana ficará mais enriquecida.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 889
NOTAS
1. Nesse contexto se deverá enquadrar a cria<;iio dos arquivos distritais na
Madeira e A<;ores (1931) e provinciais nas Canárias (1935). Quanto as institui<;óes
destacam-se El Museo Canario (1879), o Instituto Histórico da Ilha Terceira
(1944), oInstituto Cultural de Ponta Delgada (1944); apenas na Madeira se manteve
até a actualidade sem esse necessário suporte institucional, mas a cria<;iio em
1986 do Centro de Estudos de Histórica do Atlóntico permitiu colmatar essa lacuna
e equacionar de forma diversa e inovadora a realidade historiográfica insular em que
a islha se enquadra.
Para as revistas da especialidae merecem especial destaque: El Museo
Canario (1880), o Heraldo da Madeira (1904-1915), Revista de Historia (1923),
Arquivo Histórico da Madeira (1931-1977), Insulana (1944), Boletim do Instituto
Histórico da Ilha Terceira (1944), Das Artes e da História da Madeira (19481971),
Boletim da Comissdo Reguladora do Comércio de Cereais dos Ac;ores
(1945-1960), Anuario de Estudios Atlanticos (1955) e Arquipélago-Ciéncias
Humanas (1977).
Ao nivel dos colóquios a primeira realiza<;iio surgiu em 1977 sob a égide da
Casa de Colón com o Colóquio de Historia Canario-Americana, que vai já na
oitava realiza<;iio, depois surgiram em 1983 o Colóquio Internacional de História
dos Ac;ores de que se celebrou já a segunda realiza<;iio no ano passado, em 1984 as
Jornadas de Historia de Lanzarote e Fuerteventura que atingiram já a sua terceira
realiza<;iio em 1987 e, finalmente em 1986 o Colóquio Internacional de História da
Madeira que terá em Setembro do próximo ano a sua segunda concretiza<;iio.
2. Os Portugueses em Canárias, La Laguna, 1941.
3. «Aportación portuguesa a la población de Canarias. Datos», in Anuan'o de
Estudios Atlanticos , n.o 14, 1968; «Esbozo de un estudio de la influencia portuguesa
en la cultura canaria», in Homenaje a Elias Serra Rafols, I, 1970; Estudios de etnografia
y folklore canarios, Santa Cruz de Tenerife, 1985.
4. As relac;6es dos Ac;ores com a América Espanhola e as Canárias nos séculos
XVI e XVII, VC. H. C. A., 1982.
5. Manuel Lobo Cabrera, «Gran Canaria y los contactos con las islas portuguesas
atlánticas: Azores, Madera, Cabo Verde y Santo Tomé»; in Congresso Internacional
de História Marítima, Las Palmas, 1982; idem e Elisa Torres Santana,
«Aproximación a las relaciones entre Canarias y Azores en los siglos XVI y XVII» in
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
890 A. Vieira
Os A~ores e o Atldntico (Séculos XIV e XVII), Angra do Heroísmo, 1984; Manuel
Lobo Cabrera e Margarita Martín Socas, «Emigración y Comercio entre Madeira y
Canarias en el siglo XVI, in ibídem.
6. Luís Alberto Anaya Hernandez e Francisco Fajardo Spinola, «Relaciones
de los Archípielagos de Azores y de la Madera con Canarias, segun fuentes inquisitoriales
(Siglos XVI y XVII)>>, Colóquio Internacional de Hístória da Madeíra, Funchal,
1986; Elisa Torres Santana, «Las relaciones entre Madeira y las Canarias
Orientales en el primer cuarto del siglo XVII -una aproximación a su realidad
histórica-, ibídem ; Manuel Hernández González, «Cabral de Noroña: la trayectoría
illustrada de un madeirense singular», ibídem. •
7. «O Comércío de Cereaís dos A¡;:ores para a Madeíra no século XVII», in Os
A~ores e o Atldntico (Séculos XIV e XVII), Angra do Heroismo, 1986; «O Comércio
de Cereais das Canárias para a Madeira nos séculas XVI-XVII», in VI Colóquio de
Historia Canario-Americana, Las Palmas, 1984; «O infante D. Henrique e o Senhario
de Lanzarote»,lIJornadas de Historia de Lanzarote y Fuerteventura, Arrecife,
1985; «O Comércio disfar¡;:ado nas ilhas do Atlimtico Oriental: processo de Bartolomé
Cuello na inquisil;iiode Las Palmas (1591-1598)>>, Congresso sobre a Inquisi~
tio Portuguesa, S. Paulo, 1986; O Comércio Inter-Insular nos Séculos XV e XVI
(Madeira, A~ores e Canárias), Funchal, 1987.
8. «Introdu9ao ao Estudo do Direito Local Insular: as posturas da Madeira,
A90res e Canárias», VII Colóquío de Historia Canario-Americana, Las
Palmas, 1986.
9. O Comércio Inter-Insular nos Séculos XV e XVI (Madeira. A~ores e
Canárias); «O Senhorio no Atlimtico Insular Oriental. Análise comparada da dinamica
institucional da Madeira e Canárias nos séculos xv e XVI», III Jornadas de
Historia de Fuerteventura y Lanzarote. Puerto del Rosario, 1987; História Compa"
radas das llhas Atlánticas. conferéncia proferida no Funchal a 10 de
Novembro de 1987.
10. Veja-se nosso estudo «Comércio de cereais das Canárias para a Madeira
nos Séculos XVI e XVII» já citado.
11. Fernando Jasmins Pereira e José Pereira da Costa, Livros de Contas da
Madeira 1504-1537. 1. Almoxarifados e Alfdndegas, Coimbra, 1985.
12. «Aportacion portuguesa a la poblacion de Canarias...», ja citado.
13. Alberto Vieira «O infante D. Henrique e o Senhorio de Lanzarote...»,
já citado.
14. Sergio Bonnet, «La expedicion del Marques de Lanzarote a la isla de la
Madera», inEI Museo Canario, X, 1914,56-68; J. de Abreu Galindo, Historia de la
conquista de las siete islas Canarias, Santa Cruz de Tenerife, 1977,245; A. A. Sarmento,
«Madeira e Canárias», in Fasquias e Ripas da Madeira, Funchal, 1951, 148;
Lothar Siemens Hernandez,"«La expedicion a la Madera del Conde de Lanzarote
desde la perspectiva de las fuentes madeirenses», inA. E. A.• n.O 25 (1979),289-305;
A. Rumeu de Armas. «El Conde de Lanzarote, Capitán General de la Madera», inA.
E. A., n.O 30, 1984.
15. Luís de Sousa Mela, «Imígra9iio na Madeira. Paróquia de Sé (15391600)>>,
in História e Sociedade, n.O 6, Lisboa, 1979.
16. Lothar Siemens Hernandez e Liliana Barreta, «Los esclavos aborigenes
canarios en la isla de la Madera (1455-1505)>>, in A. E. A.• n.O 20, 1974,
111-143.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conex6es canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 891
17. A primeira referencia ao comércio de cereais com a Madeira aponta para o
envio em 1504 de cereal de La Palma e em 1506 de Tenerife, veja-se: «Reformacion
del repartimiento de Tenerife en 1506», in Colección de documentos sobre el Adelantado
y su Gobierno, Santa Cruz de Tenerife, 1953, 90-91; Manuela Marrero
Rodríguez, «Consideraciones sobre Tenerife...», in A.EA., n.O 23, 1977, 380.
18. Veja-se Alberto Vieira, O Comércio Inter-Insular nos Séculos XV e XVI,
Funchal, 1987; Frédéric Mauro, «Sur la complémentarité des Sociétés Insulaires
dans l'Atlantique», Colóquio Internacional de História da Madeira, 1986.
19. Alberto Artur Sarmento, «Madeira & Canárias», in Fasquias e Ripas da
Madeira, Funchal, 1931, 13-14.
20. M. B., vol. XI, 172-179.
21. Veja-se Lothar Siemens Hernandez e Liliana Barreto, «Los esclavos aborigenes
canarios en la isla de la Madera (1455-1505)>>, in Anuario de Estudios Atlanticos,
n.O 20, 1974, pp. 111-143 e o nosso estudo «O Comércio de cereais das
Canárias para a Madeira nos séculos XVI e XVII», in Coloquio de Historia CanarioAmericana,
Las Palmas, 1984.
22. Fr. J. Abreu de Galindo, Historia de la conquista de las siete islas de
Canarias, Santa Cruz de Tenerife, 1977, p. 134; Alberto Artur Sarmento,
ibidem, p. 20.
23. Alberto Artur Sannento, ibídem, p. 20.
24. Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra, L.0 1, Ponta Delgada, 1966, 69;Ibidem,
L.o IV, vol. 11, Ponta Delgada, 1981, p. 263; Jerónimo Dias Leite, Descobrimento
da ilha da Madeira..., Coimbra, 1947, p. 32;M. H., vol. IX, n.O 174, pp.
273-275.
25. Gaspar Frutuoso,op. cit., L.0 IV, vol. 1, Ponta Delgada, 1977, pp. 103-113;
Fernando Augusto da Silva, «Bettencourt», in Elucidário Madeirense, vol. 1, Funchal,
1984, 138-139; Henrique Henriques de Noronha, Nobiliário genalógico das
familias quepassaram a viveresta ilha da Madeira..., Vol. 1, S. Paulo, 1947, 5174;
Nobilian'o de Canarias, t. 1, La Laguna, 1952, pp. 595-600; Leopoldo de la
Rosa Oliveira, «Los Bettencourt en las Canarias y en America», inA. E. A., n.O 2,
1956, pp. 130-135.
26. Veja-se Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra, L.0 IV, vol. 11, Ponta Delgada,
1981,261-172.
27. Ibidem, L.o 11, Ponta Delgada, 1968, pp. 227, 274; Jerónimo Dias Leite,
op. cit., pp. 39-41 e 72; Joao Pedro de Freitas Drumond, Documentos historicos e
geographicos sobre a ilha da Madeira, ms. da Biblioteca Municipal do Funchal, fols.
9-10v.o; Ernesto Gon<;alves, «Os homens-bons do concelho do Funchal en 1471», in
Das artes e da História da Madeira, vol. V, n.O 4, pp. 8 e 74.
28. Fernando Augusto da Silva, Elucidário Madeirense, vol. 1, pp. 136139.
29. Veja-se Sergio Bonnet, «La expedicion del Marques de Lanzarote a la isla
de la Madera», in El Museo Canario, X, 1949,59-68; Lothar Siemens Hernandez,.
«La expedicion a la Madera del Conde de Lanzarote desde la perspectiva de las fuentes
madeirenses», in Anuario de Estudios Atlanticos, n.O 25, 1979, Joao de Sousa,
«Os espanhóis na Madeira 1582-1583», in Diário de Noticias, Funchal, 1 de
Dezembro de 1984, p. 11.
30. Alberto Artur Sarmento, Ensaios históricos da minha terra, vol. 1, Funchal,
1946, p. 27; Nobiliario de Canarias, t. 1, pp. 50-63.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
892 A. Vieira
31. Ibidem, p. 187; Arquivo Regional da Madeira, Paróquias da Sé, 15711640;
Idem, Misericórdia do Funchal, n.O 684, pp. 710-711.
32. Luís Francisco de Sousa Melo, «A imigra<;ao na Madeira, Paróquia de Sé
1539-1600», in História e Sociedade, n.O 3, 1979, pp. 52-53.
33. Alberto Artur Sarmento, ibidem, vol. 11, pp. 5-6.
34. Conquista de la isla de Gran Canaria, La Laguna, 1933,40; Maria Luisa
Fabrellas, «La producción de azúcar en Tenerif~», inRevista de Historia, n.O 100, La
Laguna, 1952,267-471; Guillermo Camacho y Pérez Galdós, «El cultivo de la Caña
de Azucar y la industria azucarera en Gran Canaria (1510-1535)>>, inA. E. A., n.O 7,
1961, 35-38.
35. José Perez Vidal,Estudios de Etnografia y Folklore canarios, Santa Cruz
de Tenerife, 1985.
36. Antonio Rumeu de Armas, La conquista de Tenerife (1494-1496), Santa
Cruz de Tenerife, 1975.
37. Nas datas recompiladas por Elias Serra Rafols (Ver Datas de Tenerife,
Santa Cruz de Tenerife, 1974), encontramos quarenta e quatro com indica<;ao
de portugueses.
38. L. de la Rosa, «El repoblamiento de los reinos de Icod e Daute», in Estudios
Canarios XIV-XV, 1968-1970, 37.
39. J. Perez Vidal, Aportaciopn portuguesa de la poblacion de Canarias, 23-
24.
40. Ibidem, 64-65.
41. Juan Regulo Perez, «Notas acerca del habla de la isla de La Palma», in
Revista de Historia, XXXII, 1968-1969, 16-25,98-110.
42. Noticias de la Historia general de las islas Canarias, t. 1, Santa Cruz de
Tenerife, 1967, 737, 740-41.
43. Confronte-se Ernesto Gon<;a1ves, «Portugal e a ilha», in Das Artes e da
História da Madeira, vol. 11, n.O 11, Funchal, 1952, p. 26.
44. A. H. P. L. P., Diego de San Clemente, n.O 733, fl. 274, protocolo de 23 de
Setembro de 1517; M. 1. Coelho Gomez, Protocolos de Alonso Gutiérrez, p. 686,
protocolo de 8 de Dezembro de 1524; M. Lobo, Protocolos de Alonso Gutiérrez,
Santa Cruz de Tenerife, 1974, 18 (1520-1521).
45. F. Clavijo Hernandez, Protocolos del escribano Hernán Guerra, Santa
Cruz de Tenerife, 1980, 36-37; Manuel Lobo,op. cit., 17; Pierre Chaunu, Seville et
l'Atlantique, t. VIII, vol. 1, 383-384.
46. A. Cioranescu, Historia de Santa Cruz de Tenerife, 1, p. 421; Manuel Lobo
Cabrera, «El Mundo del mar en la Gran Canaria», in A. E. A., n.O 26, 342.
47. Charles Verlinden, «Le Role des Portuguais dans l'economie canarienne du
debut du xVléme siéc1e», in Homenaje a Elias Serra Rafols, 111, La Laguna, 1970,
423; M. A. Ladero Quesada, «La economia de Canarias», in Historia de las islas
Canarias, I1I, 128.
48. J. M. Hernandez-Rubio Cisneros,Fuerteventura en la naturaleza y la Historia
de Canarias, t. 1, Fuerteentura, p. 819.
49. Manuel Lobo Cabrera, «Canarias, Madeira y el Zumaque»,Islenha, n.O 1,
1987, 13-18.
50. A. H. P. L. P., n.O 2.748, fls. 421-422.
51. Ibídem, n.O 2.725, fols. n-v.o.
52. Segundo A. A. Sarmento «Madeira & Canarias», in Fasquias e Ripas da
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As conexoes canario-madeirenses nos séculos xv a XVII 893
Madeira, Funchal, 1951,48; J. Perez Vidal,Aportacionportuguesa a lapoblacion
de Canarias, 57-58.
53. A. H. P. L. P., n.O 2.729, fls. 7v.o-8; n.O 2.761, fls. 93-94.
54. A. Vieira, «O Comércio de cereais das Canárias para a Madeira nos séculos
XV-XVII», in VI Coloquio de Historia Canario-Americana, Las Palmas, 1984;
«Comércio de cereais dos A<;ores·para a Madeira no século XVII», in Os A¡;ores e o
Atlantico (Séculos XIV-XVII), Angra do Heroísmo, 1978, 674, 663-665.
55. O estudo da questao cerealífera insular tem-nos preocupado nos últimos
anos, de que resultaam alguns trabalhos: «O Comércio de cereais dos A<;ores para a
Madeira no século XVII», Já citado; «A questao cerealífera nos A<;ores nos séculos
XV-XVII», in Arquipélago-Ciéncias Humanas, vol. VII, n.O 1.195; «O Comércio de
Cereais das Canárias para a Madeira nos séculos XVI-XVII», in VI Coloquio de His-toria
Canario-Americana, Las Palmas, 1984. -
56: ;<Descri<;ao da ilha da Madeira», in A Madeira vista por Estrangeiros,
Funchal, 1981, 84.
57. «O Comércio de Cereais dos A<;ores para a Madeira no século XVII», 161662.
58. Alguns autores coevos atestam esta realidade: Giulio Landi (1530), Pompeo
Arditi (1567) e L. Torriani (1590); Veja-se A Madeira vista por Estrangeiros,
Funchal, 1981, 84, 226; L. Torriani Descripcion e Historia del Reino de las islas
Canarias..., Santa Cruz de Tenerife, 1978.
59. Art. cit., 695-696.
60. «Portuguesismos en el español de Canarias» in El Museo Canario, IX,
1944, 30-42; idem, «Dos canarismos de origem portuguesa: cambullón y ratiño» ,Ibídem,
XXXI-XXXII, 1970-71, 67-82; idem, «Arcaismos y portuguesismos en el
español de Canárias», in Revista de Historia, XXIX, 1963-64,28-37; idem,Estudios
de Etnografía y Folklore canarios, Santa Cruz de Tenerife, 1985; veja-se ainda
de Juan Régulo Pérez, «Apuntes para una dialectología regional gual y verdelho dos
portuguesismos vitícolas en el español de Canárias», in Revista de Historia, XI,
1945, 417-425; idem, «Notas acerca del habla de la isla de la Palma», Ibidem,
XXXII, 1968-1969,12-174; José Pérez Vidal, «Canarias, el azúcar, los dulces y las
conservas», inII Jornadas de Estudios Canarias-America, Santa Cruz de Tenerife,
1981, 180.
61. J. Pérez Vidal, Estudios de Etnografía y Folklore canarios, 212-213.
62. Fernando Augusto da Silva, Vocabulario Madeirenses, Funchal, 1950;
Abel Marques Caldeira,Falares da ilha. Pequeno dicionário da linguagem popular
madeirense, Funchal, 1961; Emanuel P. V. Ribeiro, Palavras do arquipélago da
Madeira, Porto, 1930; Eduardo Antonino Pestana, «A linguagem popular da
Madeira, La parte-O Dialecto», inA Lingua Portuguesa, vol. V, 1936-40 (republicado
emAilhadaMadeira.IIEstudosMadeirenses, Funchal,1970,11-128); Tate
Brudt, «Madeira: estudo linguístico-etnográfico», in Boletim de Filologia, V, 193738,
59-91, 128-349; Jaime Vieira dos Santos, «Vocabulário do dialecto madeirense
», in Revista de Portugal, VIII/XI; Urbano Canuto Soares, «Tradi<;óes
Populares e vocábulos do arquipélago da Madeira», in Revista Lusitania, XVII,
135-158; Luís de Sousa, Dizeres da ilha da Madeira. Palavras e locu¡;oes,
Funchal, 1950.
63. J. Perez Vidal, Estudios de Etnografia y Folklore canarios, 44-102; Fernando
Gabriel Martín Rodrigues, Arquitectura domestica canaria, Santa Cruz de
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
894 A. Vieira
Tenerife, 1978,24-48; confronte-se ainda Pedro Tarquis Rodriguez, «Diccionario de
arquitectos, alarifes y canteros que han trabajado en las islas Canarias», Sep.
A. E. A.
64. Filipe Fernandes-Armesto, The Canary islands after the conquest, Oxford,
1982; para levadas madeirenses veja-se Fernando A. da Silva, «Levadas», in Elucidário
Madeirense, vol. 11, 1984, 235-269.
65. Leoncio Afonso Perez, Miscelanea de temas Canarios, Santa Cruz de
Tenerife, 1984, 223-268.
66. Leoncio Afonso Perez, op. cit., 229-230.
67. Todavia J. Rodriguez Rodriguez (La vid y los vinos de Canarias, Santa
Cruz de Tenerife, 1976) apresenta-os como de origem andaluza.
68. Lothar Siemens Hernandez, arto cit.
69. Eduardo Pereira, llhas de Zargo, vol. 11, Funchal, 1968, 579-580.
70. Livros das Posturas Antigas, Lisboa, 1974, 59.
71. Lothar Siemens Hernandez «Descubrimiento de una reserva de cabras
canarias prehispanicas», inAguayro, n.O 87,1977,7-9; Lothar Siemens Hernandez e
Liliana Barreto, «Los esclavos aborigenes canarios...», in A. E. A., n.O 20, p. 117120.
72. Confronte-se os protocolos notariais de Canárias e os Testamentos Madeirenses;
veja-se Alberto Galvan Tudela, Taganana -um estudio antropologico social,
Santa Cruz de Tenerife, 1980, 161-171.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As canexoes canaria-madeirenses nas séculas xv a XVII 895
BIBLIOGRAFÍA
SARMENTO, Alberto Artur (1931): «Madeira & Canárias», in Fasquias e
Ripas da Madeira, Funchal, 1931, 3-48.
SERRA RAFOLS, Elías (1941): Los Portugueses en Canarias, La
Laguna, 1941.
PÉREZ VIDAL, José (1944): «Portuguesismos en el español de Canarias»,
in El Museo Canario, IX, Las Palmas, 1944, 30-42.
RÉGULO PÉREZ, Juan (1945): «Apuntes para una dialectología regionalgeral
y verdelho dos portuguesismos viticolas en el español de Canarias
», in Revista de Historia, XI, La Laguna, 1945,417-425.
LIMA, J. A. Pires de (1948): «A Alma de Portugal na sua passagem para o
Brasil», inRevista de Dialectología y tradiciones populares, Madrid,
IV, 1948, 365-386.
BONNET, Sergio F. (1951): «Familias portuguesas de .La Laguna», in
Revista de História, n.O 93-94, La Laguna, 1951, 111-118.
PÉREZ VIDAL, José (1956): «Las conservas almibaradas de las Azores y
las Canarias», in Boletim do Instituto Histórico de Ilha Terceria,
Angra do Heroísmo, n.O 14. 1956.
GIESE, Wilhelm (1963): «A respeito de ródulas portuguesas e notas comparativas
», in Revista de Etnografia, Porto, n.O 1, 1963, 167-179.
PÉREZ VIDAL, José: «Influencias Portuguesas en la cultura tradicional
canaria», in Actas do 1. o Congresso de Etnografia e Folklore, Lisboa,
1963.
PÉREZ VIDAL, José (1964): «Arcaismos y portuguesismos en el español de
Canarias», inRevista de Historia, XXIX, La Laguna, 1963-1964,
28-37.
PÉREZ VIDAL, José (1965): «Influencias portuguesas en la cultura tradicional
marinera de Canarias», in Actas do Congresso Internacional de
Etnograj'za, Santo Tirso, vol. V, 1965.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
896 A. Vieira
PÉREZ VIDAL, José (1968): «Aportacion portuguesa a la poblacion de
Canarias», in Anuario de Estudios Atlanticos, n.O 14, 1968.
LoZOYA, Marqués de (1970): «La huella de los portugueses en Canarias»,
in Coloquio, n.O 57, Lisboa, 1970, 3-10.
PÉREZ VIDAL, J.: «Esbozo de um estudio de la influencia portuguesa en la
cultura tradicional canaria», in Homenage a Elias Serra Rafols, t. 1,
La Laguna, 1970, 371-390.
SIEMENS HERNÁNDEZ, Lothar e BARRETa, Liliana (1974): «Los esclavos
aborigenes canarios en la isla de Madera, in Anuario de Estudios
Atlánticos, n.O 20, 1974, 111-143.
RÉGULO PÉREZ, Juan (1977): «El Canario, ave macaronésica. Noticias
bio-históricas», inII Coloquio de Historia Canario-Americana, Las
Palmas, 1977.
SIEMENS HERNÁNDEZ, Lothar: «Descubrimiento de una reserva de cabras
canarias prehispánicas», in Aguayro, n.O 87, Las Palmas, 1977,
7-9.
---- «La expedición de la Madera del Conde de Lanzarote desde la
perspectiva de las fuentes madeirenses», in Anuario de Estudios
Atlanticos, n.O 25, Las Palmas, 1979.
MATOS, Artur Teodoro de (1982): «As relac;óes dos Ac;ores com a América
e as Canárias nos Séculos XVI e XVII», in V Colóquio de Historia
Canario-Americana, Las Palmas.
LoBO CABRERA, Manuel e MARTÍN SOCAS, M. 1. (1983): «Emigración y
comercio entre Madeira y Canarias en el siglo XVI», in Os Aqores e o
Atlántico - Séculos XIV e XVII, Angra do Heroísmo, 1983 (Separata
do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. XLI).
----e TORRES SANTANA, Elisa: «Aproximación a las relaciones entre
Canarias Azores en los siglos XVI y XVII», in Ibídem.
VIEIRA, Alberto: «O Comércio de Cereais dos Ac;ores para a Madeira no
século XVII», in Ibídem.
RUMEU DE ARMAS, Antonio (1984): «El Conde de Lanzarote capitán
general de La Madera», in Anuario de Estudios Atlánticos, n.O
30, 1984.
VIEIRA, Alberto: «O Comércio de Cereais das Canárias para a Madeira nos
séculos XVI e XVII», in VI Coloquio de Historia CanarioAmericana,
Las Palmas.
PÉREZ VIDAL, José (1985):Estudios de Etnografía y Folklore, Santa Cruz
de Tenerife, 1985.
VIEIRA, Alberto: «O Infante D. Henrique e o Senhorio de Lanzarote: implicac;
óes políticas, sociais e económicas», in 11 Jornadas de Historia
de Lanzarote y Fuerteventura, Arrecife de Lanzarote.
VIEIRA, Alberto (1986): «Introduc;ao ao estudo do Direito Local Insular: as
posturas da Madeira, Ac;ores e Canárias nos séculos XVI e XVII», in VII
Coloquio de Historia Canario-Americana, Las Palmas.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
As canex6es canaria-madeirenses nos séculas xv a XVII 897
---- «O Comércio disfan;ado nas ilhas do Athlntico Oriental: o processo
de Bartolomé Cuello na Inquisil;ao de Las Palmas (15911598),
in Congresso sobre a Inquisü;do Portuguesa, S. Paulo.
MAYA HERNÁNDEZ, Luis Alberto e FAJARDO ESPÍNOLA: «Relaciones de
los archipiélagos de Azores y de la Madera con Canarias, según fuentes
inquisitoriales (Siglos XVI y XVII)>>, in Colóquio Internacional de
História da Madeira, Funchal.
GODINHO, Vitorino Magalhaes: «As Historiografias Insulares: presente e
futuro», in Ibidem.
MACHADO PIRES, A. B.: «As Cultura Insulares Atlanticas», in
Ibídem.
LoBO CABRERA, Manuel: «La esclavitud en las islas atlánticas: Madeira y
Canarias», in Ibídem.
MAURO Frédéric: «Sur la complémentarité des societés insulaires dans
l'Atlantique», in Ibídem.
TORRES SANTANA, Elisa: «Las relaciones comerciales entre Madeira y
Canarias orientales en el primer quarto del siglo XVII: una aproximación
a su realidad histórica», in Ibídem.
VIEIRA, Alberto (1987): «O Comércio Inter-Insular nos Séculos XV-XVI
(Madeira, Ac;ores, Canárias), Funchal, 1987;
---- «O Senhorio no Atlantico Insular Oriental: análise comparada
da dinamica institucional da Madeira e Canárias nos Séculos xv e
XVI», in JI Jornadas de Historia de Fuerteventura y Lanzarote,
Puerto del Rosario;
---- «A Madeira na rota dos descobrimentos e expansao atlantica», in
VI Reunido Internacional da Náutica e da Hidrograjia, Sagres.
---- Historia comparada das ilhas atldnticas, conferencia no Funchal
a 10 de Novembro.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
ANEXO
1. MADElRENSES NAS CANÁRIAS
NOME DATA ILHA SITUA~AO OBSERVA~AO
? 1591 GRAN CANARIA Est. Sapateiro
Adrián Ferrera 1600 TENERIFE Trabalhador/lnquisi.
Monso Alvarez 1599 TENERIFE Toneleiro/lnquisi'1íio
Monso Alvarez 1520 TENERIFE Est.
Agustín Betancor 1639 LANZAROTE Est. Mareante
Alvaro Días 1522 TENERIFE Est.
Alvaro González 1555 HIERRO
Alvaro Rodríguez 1589 TENERIFE Inquisi'1íio
Alvaro Sá 1520 TENERIFE V.o
Amador Louren'1o 1619 LANZAROTE Est.
Ambrosio Viera 1599 TENERIFE Sapateiro/lnquisi'1íio
Ana Femández 1567-1577 GRAN CANARIA Socador canas/lnqui.
Ana González 1618 LANZAROTE Feiti'1aria
Ana Pereira 1640 LANZAROTE Feiti'1aria
Ana Sosa Guduñes 1626 TENERIFE Feiti'1aria
Andrés Sardina 1638 LANZAROTE Est.
Andrés Sosa 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Antón Martms 1621 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Antonia Luis 1581-1582 LANZAROTE Feiti'1aria
Antonio Alvarez 1620-1625 LANZAROTE Est.
Antonio Barreto 1637 LANZAROTE Est.
Antonio Díaz 1620-1625 LANZAROTE Est. Mareante
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
Antonio Fernándes Santos 1619-1632 LANZAROTE Resid.
Antonio Fernández 1528 GRAN CANARIA
Antonio Garcia 1626 LANZAROTE Est.
Antonio Gil 1567-1577 GRAN CANARIA Refin. a~úcar/Inqui.
Antonio Goes 1626 LANZAROTE Resido
Antonio González 16.31 GRAN CANARIA Mercador/Inquisi~ao
Antonio Gon~alves 1621 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Antonio Gon~alves Sidrón 1620-1639 LANZAROTE Resid.
Antonio Martíns 1622-1629 LANZAROTE Est. Prateiro
Antonio Mendes 1527 GRAN CANARIA Est.
Antonio Rodrigues 1589 GRAN CANARIA Est.
Antonio Silva 1620-1625 LANZAROTE Resido
Antonio Vicente 1620-1625 LANZAROTE Est.
Antón 1520 TENERIFE Est.
Antón Martín 1620-1625 LANZAROTE Est. Sapateiro
Baltasar Garro 1591 GRAN CANARIA Feiti~aria
Baltasar Perera 1619-1625 LANZAROTE Est.
Baltasar Rebelo 1620-1625 LANZAROTE Resido
Baltasar Veloso 1631-1637 LANZAROTE Resido
Barbola Machada ou Rodrigo 1589 TENERIFE Mulata/Inquisi~ao
Bartolomé Afonso 1600 TENERIFE Trabalhador/Inquisi.
Bartolomé Hernández 1581-1582 LANZAROTE Trabalhador/Feiti~a
Bartolomé Perera 1589 TENERIFE Mulato/Inquisi~ao
Beatriz 1607 TENERIFE Feiti~aria
Beatriz Lopes 1561 LANZAROTE Feiti~aria
Beatriz Ribera 1639 LANZAROTE Est.
Belchior Domingos 1630 LANZAROTE Est.
Belchior Sosa Perera 1634 LANZAROTE Resid.
Benito Gómez 1620-1625 LANZAROTE Resido
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
1. MADElRENSES NAS CANÁRIAS (Cont.)
NOME DATA ILOA SITUA<;:AO OBSERVA<;:AO
Benito Rodríguez
Bento Días Cea
Bento Gómes
Bento Rodrígues
BIas Castro
Blás Días Araña
Blás Freitas Corea
Blás Rodrígues
Blás Rodríguez
Carcía Mendonza
Catalina Mendoza
Catalina Nuñez
Catarina Ovalle
Cristóval Rodrígues
Damián Rodrígues
Diego Truzillo
Diogo Castro
Diogo González
Diogo Neto
Diogo Pires
Diogo Rodrígues Moralles
Diogo Rodríguez
Domingo Díaz
Domingo Femández
Domingo Piris
1589 TENERIFE
1639 LANZAROTE
1619 LANZAROTE
1626 LANZAROTE
1599 TENERIFE
1628-1631 LANZAROTE
1629 LANZAROTE
1552 TENERIFE
1526 GRAN CANARIA
1640 LANZAROTE
1640 LANZAROTE
1631 LANZAROTE
1613 LANZAROTE
1619 LANZAROTE
1638 LANZAROTE
1526 GRAN CANARIA
1620 LANZAROTE
1620-1625 LANZAROTE
1630 LANZAROTE
1635 LANZAROTE
1627 LANZAROTE
1620-1625 LANZAROTE
1631 LANZAROTE
1617 LA PALMA
1640 LANZAROTE
Resid.
Est.
Resid.
Est.
Est.
Est.
V.o
Resid.
Resid.
Est.
Resid.
Est.
Resid.
Resid.
Resid.
Inquisil;ao
Toneleiro
Porto SantolInquisi.
Feitil;aria
Feiti~aria
Feiti~aria
Feiti~aria
Sapateiro
Platero
Mareante
Mareante
Carpinteiro
Piloto
Sapateiro/Feiti~aria
FunidorIInquisi~ao
Feiti~aria
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
Domingos Caires 1639 LANZAROTE V.o
Domingos Gon<;alve Nobreg 1622-1631 LANZAROTE Resid. Mareante
Domingos Jorge 1626 LANZAROTE Est. Mareante
Domingo Monteiro 1631 LANZAROTE Resid.
Domingo Pires 1629-1636 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Domingo Piñero 1631-1640 LANZAROTE Est.
Domingo Rodrígues 1620-1638 LANZAROTE Est.
Femam Moreno 1631 LANZAROTE Est. Mestre navío
Fernando Acioli Vasconcel 1619-1621 LANZAROTE Est.
Femán Rodríguez 1589 TENERIFE Sastre/Inquisi<;íio
Filipa Abreu 1561 TENERIFE Feiti<;aria
Francisca Rodriguez 1608 LANZAROTE Feiti<;aria
Francisco Aguilar Lugo 1625 LANZAROTE Resid.
Francisco Femández 1511 TENERIFE Est.
Francisco Femández 1610 TENERIFE Sastre/Inquisi<;íio
Francisco Ferreira 1638 LANZAROTE Est. Sapateiro
Francisco Garcia 1636 LANZAROTE
Francisco González 1617 LA PALMA Sapateiro/Inquisi<;íio
Francisco Gon<;alves 1638 LANZAROTE Est. Sedaleiro
Francisco Manuel 1638 LANZAROTE Est.
Francisco Martins 1619 LANZAROTE Est. Mareante
Francisco Medina 1557 GRAN CANARIA Est.
Francisco Mota 1619 LANZAROTE Est.
Francisco Pimentel 1630 LANZAROTE Est.
Francisco Resende 1620 LANZAROTE Resid.
Francisco Rodríguez 1599 TENERIFE Inquisi<;íio
Francisco Valido 1627 LANZAROTE Est. Mestre navío
Francisco Vasaña 1639 LANZAROTE Est. Mestre navío
Fray Alexo Leme 1617 LA PALMA Dominicano/Inquisi.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
NOME
Fray Juan
Gaspar Abelos Spignolla
Gaspar Fernández
Gaspar González
Gaspar Oban
Gema López
Geraldo Sosa
Gonzalianes Meneras
Gonzalo Alonso
Gonzalo Ferrera
Gonzalo González Zarco
Gonzalo González
Gonzalo Hernández
Gonzalo Riberos
Gonzalo Sosa
Gonzalo Paés
Gon'1alo Lepes
Guillén Acosta
Hilaria Bella
Inés Alvarez
Inés Hernández
1. MADEIRENSES NAS CANÁRIAS (Cont.)
DATA ILHA SITUA<;AO OOSERVA<;AO
1528 GRAN CANARIA Novi'1o
1625-1630 LANZAROTE RelEs. Alferes
1620-1625 LANZAROTE Resid.
1620-1625 GRAN CANARIA V.o
1630 LANZAROTE Est. Mestre caravela
1589 TENERIFE Inquisi'1ao
1628 LANZAROTE Est.
1567-1577 GRAN CANARIA Inquisi'1ao
1620-1625 LANZAROTE Resid.
1620-1631 LANZAROTE Sapateiro/Feitic;aria
TENERIFE
1620-1625 FUERTEVENTURA Resid.
1617 LA PALMA Sastre, mulato/lnqu.
1589 TENERIFE Inquisi'1ao
1620-1631 LANZAROTE Est. Feiti'1aria
1511 TENERIFE Est.
1630 LANZAROTE Est. Mestre Caravela
1620-1625 LANZAROTE Est.
1561 GARACHICO Feiti'1aria
1620-1625 LANZAROTE Est.
1589 LANZAROTE Feiti'1aria
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
Isabel Hernández 15?? GRAN CANARIA
Isabel Lugo 1610 TENERIFE Inquisi~ao
Isabel Rodríguez Castro 1599 TENERIFE Inquisi~ao
Isabel Sepúlveda 1613 LANZAROTE Feiti~aria
Jacome Costa 1646 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Gerónimo Suero 1639 LANZAROTE Est.
Joan Ferrera 1645 LANZAROTE
Joana Rojas 1620 LANZAROTE Esto M. Francisco Acioli
Joao Fernándes 1619 LANZAROTE Est.
Joao Fernándes 1626 LANZAROTE Resid. Mareante
Joao Fernándes Pereira 1626 LANZAROTE Est. Sapateiro
Joao Gon~álves 1626 LANZAROTE Est. Prateiro
Joao Méndes Cuello 1632 LANZAROTE Resid. Piloto
Joao Soure 1600 GRAN CANARIA Est.
Juan Afonseca 1629 LANZAROTE Est.
Juan Delgado 1508 TENERIFE Est.
Juan Enríquez de Gúsman 1512-1523 TENERIFE Est.
Juan Fernándes 1511-1522 GRAN CANARIA Caldereiro
Juan Fernándes Vieira 1629 LANZAROTE Est.
Juan Fenández 1620-1625 GRAN CANARIA Esto Mestre
Juan Francisco 1620-1625 LANZAROTE Resid. Mareante
Juan Gonc;alves Sidron 1643 LANZAROTE V.o
Juan Gómez 1524 TENERIFE Mestre
Juan Hierro 1620-1625 LANZAROTE Esto
Juan Ponte 1589 TENERIFE Inquisi~ao
Lorenzo Costa 1625 LANZAROTE Est.
Luis Dumpierres 1640 LANZAROTE Est.
Luis Castro 1599 TENERIFE Lavr. P. Santo/lnqui.
Lúcia (Filja de Inés More) 1640 LANZAROTE Feiti~aria
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
1. MADElRENSES NAS CANÁRIAS (cont.)
NOME DATA ILHA SITUA<;AO OBSERVA<;AO
Manuel Pereira Quadros
Manuel Acosta
Manuel Aguiar
Manuel Armas
Manuel Baéz
Manuel Correa
Manuel Días Cea
Manuel Días Lima
Manuel F...
Manuel Femandes
Manuel Femándes
Manuel Femándes Gosme
Manuel Femández
Manuel Ferreira Teixeira
Manuel Gómes
Manuel Gonyalves
Manuel Gonyalves Teixeira
Manuel Lima
Manuel Lópes
Manuel Luis
Manuel Moca
Manuel Pacheco Garces
Manuel Perera
Manuel Perera Jardim
Manuel Peres Cuello
1640 LANZAROTE
1634 LANZAROTE
1632-1639 LANZAROTE
1599 TENERIFE
1557 TENERIFE
1668 LANZAROTE
1639 LANZAROTE
1637 LANZAROTE
1633 LANZAROTE
1630 LANZAROTE
1634 LANZAROTE
1627-1630 LANZAROTE
1620-1625 LANZAROTE
1653 LANZAROTE
1632-1640 LANZAROTE
1638 LANZAROTE
1631 LANZAROTE
1641 LANZAROTE
1623-1632 LANZAROTE
1620-1625 GRAN CANARIA
1638 LANZAROTE
1635 LANZAROTE
1610 TENERIFE
1631 LANZAROTE
1628 LANZAROTE
Resid.
Resid.
v.o
Est.
Est.
Resid.
Est.
Resid.
Est.
V.o
Resid.
Es./Re.
Est.
V.o
Resid.
Es./Re.
V.o
Resid.
Resid.
V.o
Feitiyaria
Pedreiro
Porto Santo/lnquisi.
Mestre noviyo
Piloto
Sastre
Mareante
Aprendiz sapateiro
Pedreiro
Sapateiro
Soldado
Sapateiro
Pedreiro/lnquisiyao
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
Manuel Rincón Pereira 1640 LANZAROTE Feiti<;aria
Manuel Rodrígues 1631 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Manuel Rodríguez 1589 TENERIFE Inquisi<;ao
Manuel Silva 1639-1640 LANZAROTE Est. Mulato, apr. sapat.
Manuel Váz Costa 1631 LANZAROTE Est. Sapateiro
Manuel Vieira 1638 LANZAROTE Resid.
Margarida Díaz 1613 LANZAROTE Feiti<;aria
María Acosta 1631 LANZAROTE Feiti<;aria
María Afonso 1525 GRAN CANARIA Est.
María Días 1646 LANZAROTE V.a Vendeira
María González 1620-1625 LANZAROTE Resid.
María Lugo 1610 TENERIFE Vendeira/Inquisi<;ao
María Machada 1581-1582 LANZAROTE Feti<;aria
María Machada, irrna de... 1581-1582 LANZAROTE Oleiro/Feti<;aria
María Rarnírez 1587 TENERIFE Est.
Martírn Fernández 1511 TENERIFE Est.
Martim Fernandez 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Mateo Fernandes e filho 1523 LA PALMA V.o
Mateo Perera 1635 LANZAROTE Resid.
Matias Gon<;alves 1622-27 LANZAROTE Est.
Matias Herrera 1599 TENERIFE Porto Santo/Inquis.
Melchor Femandez 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Melchor Santiago 1591 LANZAROTE Carpinetiro/Feiti<;ar
Mencía Rodríguez 1589 TENERIFE Inquisi<;ao
Miguel Martínez 1522 TENERIFE
Miguel Márquez 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Nuno Rodríguez Freitas 1629 LANZAROTE Est.
Pedro Afonso 1640 LANZAROTE Feiti<;aría
Pedro Alvarez 1620-1625 LANZAROTE Est.
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
1. MADElRENSES NAS CANÁRIAS (Cont.)
NOME DATA ILHA SITUAC;AO OBSERVAC;AO
Pedro Blanco 1620-1625 LANZAROTE Est.
Pedro Fernández 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Pedro Fernández 15?? GRAN CANARIA Est.
Pedro Ferreira 1637 LANZAROTE Est.
Pedro González 1620-1629 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Pedro Luís 1534 TENERIFE Est.
Pedro Martín 1617 LA PALMA Toneleiro/Inquisi'1ao
Pedro Videla 1618 LANZAROTE Feiti'1aria
Pedro Yanes 1511-1550 TENERIFE Est.
Pedro Alvares 1546 GRAN CANARIA Mestre de a'1úcar
Pero Condeso 1639 'LANZAROTE V.O
Pero Fernández 1511 TENERIFE Est.
Pero Martins 1633 LANZAROTE Est.
Pero Nunes Ferrera 1639-1640 LANZAROTE Est.
Rodrigo Afonso 1589 TENERIFE Mulato, criado/lnqui.
Rodrigo Leme 1639 LANZAROTE
Rodriguiánez 1554 TENERIFE
Roque Ferreira 1629-1630 LANZAROTE Es./Re.
Roque Figueiredo 1627-1629 LANZAROTE Est.
Rui Díaz 1524 GRAN CANARIA Guantero
Sabina Rodríguez 1589 LANZAROTE Feiti'1aria
Salvador Rodrígues Azeved 1638 LANZAROTE V.o
Sebastiam Gon'1alvez Conde 1639 LANZAROTE Resid.
Sebastiao Rodrígues Oliva 1619-1638 LANZAROTE Es./v.o
Siman Lópes 1631 LANZAROTE Est. Surrador
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
1. MADEIRENSES NAS CANÁRIAS (Cont.)
NOME DATA ILHA SITUAC;AO OBSERVAC;AO
Simón Alvares
Simón Gutiérrez
Tomé Cordero
Tomé Alvel0
Tomé Gon<;:alves
Tomé Rodríguez
Vasco Machado
1638-1639 LANZAROTE
1620-1625 LANZAROTE
1645 LANZAROTE
1625 LANZAROTE
1635 LANZAROTE
1630 LANZAROTE
1525 GRAN CANARIA
Est.
Resid.
Resid.
Reisd.
Est.
Est.
Feiti<;:aría
Sapateiro
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
2. MERCADORES DA MADElRA NAS CANÁRIAS
NOME DATA MORADA SITUA<;AO
Estante
Residente
Residente
Juan de Porras
Juan Baptista Espíndola
Pedro Correa
Gonltalo de Barrios
Pedro Martínez
Antonio González Luis
Francisco González
Amador Lorenzo
Péres Monso
Gonzalo de Sosa
Francisco Vieira
Juan Vieira
Bastián Castaño
Gómes de los Abuelos
Juan Rodríguez
Francisco Rodríguez
Domingo Pires
Francisco Martín
Cristóvao Lopes
Martín Gomes
Francisco Dias Araña
Domingos de Caires
Domingos de Figueiredo
Antonio Martins Barreto
Jacques Richarte
Manuel de Sosa
BIas de Freitas Correa
Juan de Affonseca
Amador Coelho
Antonio Vaz Nogueira
Manuel Dias Lima
Roque Ferreira
Melchor Gónltalves
Diogo de Figueiredo
Martíns Gomes
Fernando Rodrigues
Miguel Martinez
Andrés de Paiva
Pedro Femandes Tinoco
Luís Rodrigues
1521 Gran Canaria Estante
1631 Lanzarote Estante
1581-1582 Lanzarote
1581-1582 Lanzarote
1620-1625 Lanzarote Residente
1626-1632 Lanzarote Residente
1620-1631 Lanzarote Residente
1612-1622 Lanzarote Estante
1620-1625 Lanzarote Residente
1620-1625 Lanzarote Residente
1620-1625 Lanzarote Estante
1619 Lanzarote Estante
1620-1625 Gran Canaria Vizinho
1620-1625 Lanzarote Residente
1620-1625 Lanzarote Residente
1623-1630 Lanzarote Residente
1638-1641 Lanzarote Residente
1639 Lanzarote Residente
1639 Lanzarote Residente
1639 Lanzarote Residente
1626-1637 Lanzarote Residente
1639 Lanzarote Vizinho
1639 Lanzarote Estante
1622 Lanzarote Estante
1631 Lanzarote Residente (ingles)
1636 Lanzarote Residente
1629 Lanzarote Estante
1629 Lanzarote Residente
1632 Lanzarote Residente
1638-1640 Lanzarote Estante
1638 Lanzarote Residente
1634-1638 Lanzarote Estante
1639 Lanzarote Estante
1639 Lanzarote Residente
1639 Lanzarote Estante
1628-1632 Lanzarote EstanteNizinho
1524 Gran Canaria
1640 Lanzarote
1623 Lanzarote
1625 Lanzarote
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
2. MERCADORES DA MADEIRA NAS CANÁRIAS (Cont.)
NOME DATA MORADA SITUA<;ÁO
Antonio Silva
Francisco Barra
Antonio Garcia
Antonio Lopes
Antonio Goes
Matias Gon¡;alves
Antonio Rodrigo
Antonio Rodrigo Perera
Francisco Rodrigues
Gon¡;alo de Silva
Feo. de Pimentel Resendes
Cosme Ramos
Bias Francisco Gon¡;alves
Pedro da Rocha Machado
Manuel Fernandes Cosme
Juan Roiz Castellanos
Roque Perera
Francisco Pimentel
Manuel de Almeida
Juan de Lima
Antonio Agusto
Gaspar Fernandes Figueira
Juan Suero
Pedro de Roejamausado O)
Baltasar Veloso
Baltasar de Aveiro
Domingos de Figueiredo
Francisco Manuel
Domingos Pires
Melchior de Sosa Perera
Pedro Unes Ferreira
Domingo Espiñero
Antonio Lopes
J08.0 Gon¡;alves
1625 Lanzarote Residente
1625 Lanzarote Residente
1626-1630 Lanzarote Estante
1626 Lanzarote Residente
1626-1627 Lanzarote Residente
1627 Lanzarote Estante
1627 . Lanzarote Estante
1629-1630 Lanzarote EstanteIResidente
1629-1630 Lanzarote EstanteIResidente
1630 Lanzarote Estante
1630 Lanzarote Residente
1630 Lanzarote Estante
1630 Lanzarote Estante
1630 Lanzarote Estante
1630 Lanzarote Estante
1630 Lanzarote Estante
1630 Lanzarote Estante
1631 Lanzarote Estante
1631 Lanzarote Residente
1631 Lanzarote Vizinho
1632 Lanzarote Residente
1632 Lanzarote Residente
1632 Lanzarote Residente
1634 Lanzarote Residente
1635-1639 Lanzarote Estante
1636 Lanzarote Residente
1638 Lanzarote Estante
1638 Lanzarote Estante
1638 Lanzarote Residente
1639 Lanzarote Estante
1640 Lanzarote Estante
1640 Lanzarote Estante
1627 Lanzarote Estante
1600 Gran Canaria Estante
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
3. CANÁRIOS NA MADElRA
NOME DATA ILHA SITUAc;AO OBS.
Martin Almeida 1530 Tenerife Estante Fidalgo
Joam Beringell 1543 La Palma Estante Tanoeiro, flamengo
Francisco da Silva 1551 Tenerife
Catarina Francesa 1561 . Hierro
Domingos Gon<;alves 1568 Gran Canaria
Antonio Nunes 1574 Gran Canaria
Jorge Gon<;alves 1574 Gran Canaria
Domingos Gon<;alves 1574 Gran Canaria
Maria de Figueiredo 1590 Gran Canaria
Maria Cabreira 1590 Lanzarote
Joiio Baptista 1582 ?
Antonia Soeira 1590 Tenerife
Diogo Lopes 1590 Tenerife
Filho do Marques 1594 Lanzarote
Baltasar Andrade 1616 La Palma Soldado
Afonso Cerdeña 1616 Gran Canaria Soldado
Bastiiio Martins 1618 Gran Canaria
Manuel Gomes 1618 Tenerife
Bastiiio Dias 1624 Gran Canaria Soldado
Joiio da Cruz 1628 Tenerife
Francisca Concei<;iio 1633 La Palma
Damiíio Rodrigues 1638 Tenerife
Manuel Main 1656 Gran Canaria
Bartolomeu Garcia 1616 Lanzarote
Francisco Armas 1657 Tenerife
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
3. CANÁRIOS NA MADEIRA (Cont.)
NOME DATA ILOA SITUA<;AO OBS.
~tonio Iglesia 1658 Gran Canaria
Miguel Pires 1565 La Palma Mareante
Alonso Aguiar 1563 Gran Canaria
Simiio Pires 1568 La Palma
Gaspar Floebigues 1581 La Palma
Cristóviio de Lugo 1602 Gran Canaria Soldado
Pero de Vera 1602 Fuerteventura
Maria Serras 1610 Gran Canaria
Cristóviio Valdama 1610 Tenerife Soldado
Manuel Martins 1614 Lanzarote
4. FRETAMENTO DE EMBARCAC;DES PARA O COMÉRCIO ENTRE
A MADElRA E AS CANÁRIAS
DATA
1523-1-12
1523-V-27
1523-X-29
1523-X-29
1524-VI-12
1524-VI-23
1569
1580
PERCURSO
Santa Cruz (Madeira)/Caniirias
Santa Cruz (Madeira)/Canarias
Funchal/Canarias
Funchal/Canarias
Santa Cruz (Madeira)/Caniirias
Santa Cruz (Madeira)Caniirias
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Gran Canaria
CARGA
Vinho, laranjas, 1 escravo negro
Pano (estopa, buriel, liteiro)
20 pipas de vinho
Fruta verde, trigo, alhos
384 arrobas retame
184 arrobas de meles mascavados
Sumagre
Sumagre
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
MadeirafTen,erife
Madeira/Gran Canaria
Madeira/La GomerafTenerife
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Lanzarote
Madeira/Lanzarote
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Lanzarote
Madeira/Lanzarote
Madeira/Lanzarote
1586
1611
1614
1619-11-16
1620-11-26
1620-11-28
1620-I1I-16
1631-V-20
1637
1638-XlI-14
1668
1669
1670
1675
1678
1680
1681
Sumagre, esparto, amendoas, nozes
Roupa
Doces, linho, lanlto e pipas
??
Sumagre
Tecidos
Sardinhas
Livros
LenltO
??
34 pipas de vinho, 4 sacos de sumagre, 75 alqueires
de nozes.
1 pipa de malvasia, 8 caixas de altúcar, 4 arrobas de
sumagre, conserva, casca, mermelada
Madeira/Gran Canaria Linho, 16 pipas vinho, conserva
Madeira/Lanzarote Roupa, gargantilhas, canastra de vinho, pipas
Madeira/Gran Canaria Esparto
Madeira/Lanzarote Vinho, esparto
Madeira/Lanzarote ?
Madeira/Lanzarote Vinho, la, doces
Madeira/Lanzarote Vinho, fruta, doces, sumagre
Madeira/Lanzarote Escravos, aguardente, altúcar, tabaco, azeite de peixe
MadeirafTenerife (Puerto de la Cruz) ?
MadeirafTenerfie (Puerto de la Cruz) ?
Madeira/Lanzarote Vinho, vinagre, mel, nozes, doces, aguardente
Madeira/Lanzarote Sardinha, bacalhu, loulta branca
Madeira/Gran Canaria/Berberia ?
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
4. FRETAMENTO DE EMBARCA90ES PARA O COMÉRCIO ENTRE
A MADElRA E AS CANÁRIAS (Cont.)
DATA PERCURSO CARGA
Madeira/Lanzarote
MadeiralLanzarote
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Lanzarote
Madeira/Gran Canaria
Madeira/Lanzarote/Gran Canaria
1682
1682-I1I-17
1682-V-5
1682-VlII-6
1682-X-30
1683-V-?
1683
1685
1690
1692
1694
1696
1698
Sal
Actúcar, favas, lencto
38 pipas vinho, 17 sacos sumagre, pano, nozes, remel, 1
escravo, marmelada
3 pipas de vinho
12 sacos sumagre, fruta verde, nozes, remel, pano
11 pipas vinho, 2 sacos sumagre, fruta, nozes, castanhas,
pano, marmelada
12 pipas vinho, alhos, sumagre, mel, arcos, pano,
nozes
Madeira/Gran Canaria/Berbería Tabaco
Madeira/Gran Canaria ?
Madeira/Tenerife (Puerto de la Cruz) Baca1hau, asardinha, carne de porco
Madeira/Tenerife (Puerto de la Cruz) Madeiras para pipa
Madeira/Tenerife (Puerto de la Cruz) Madeiras para pipa
Madeira/Tenerife (Puerto de la Cruz) Madeiras para pipa
Madeira/Gran Canaria Loucta, roupa
Madeira/Gran' Canaria Actúcar, doces, vinho, loucta
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
5. FRETAMENTO DE EMBARCA<;OES PARA O COMÉRC/O
ENTRE AS CANÁRIAS A MADE/RA
DATA PERCURSO FRETE MERCADORIA
1506-IX-2 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira ?
1508-U Tenerife (Santa Cruz)lMadeira Trigo e pipas vazias
1509-Vl-15 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira 12.000 rnrs. Pez
1511-VlI-3 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira/Baiona 500 rnrs. tonelada 300 quintais de pez, 40
fanegas de trigo
1520-VII-31 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira 27 e 1/2 ducados Trigo
1522-VlI-28 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira Trigo
1523-1I1-21 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira/Tavira/ 45 rnrs. quintal 400 quintais de pez, 190
Cádiz fanegas de trigo
1524-1-14 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira Cevada
1524-VlU-16 Tenerife (Santa Cruz)lMadeira 700 rnrs. fanega 600 fanegas de trigo
1526-X-9 LanzarotelMadeira Gado, queijo
1619-U-16 LanzarotelMadeira 2 1/2 rs. fanega Trigo
Gran CanarialMadeira Cereal
1621-Vl-29 FuerteventuralMadeira ?
Gran CanarialMadeira Tabaco
LanzarotelMadeira Queijo e lao
Gran CanárialMadeira Madeiras
LanzarotelMadeira Trigo
1625 LanzarotelMadeira Toucinho, couros
1627-U-30 LanzarotelMadeira 600 rs. 3.500 queijos
1627-Vl-29 LanzarotelMadeira Couros, toucinho, pipas
1628-1-10 LanzarotelMadeira 1.350 rs. novos ?
1628-Vlll-15 Lanzarote-Madeira 330 rs. Sal
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009
5. FRETAMENTO DE EMBARCAl;OES PARA O COMÉRCIO
ENTRE AS CANÁRIAS A MADElRA (Cont.)
1629-XlI-12 LanzarotelMadeira
1630-1-11 LanzarotelMadeira
1630-VII-14 LanzarotelMadeira
DATA
1630-VlI-15
1631-Xl-l
1634-IX-7
1637-X-21
1639-11-7
1639-Vl-6
1640-IX-ll
PERCURSO
LanzarotelMadeira
LanzarotelMadeira
LanzarotelMadeira
LanzarotelMadeira
LanzarotelMadeira
LanzarotelMadeira
LanzarotelMadeira
FRETE
1.150 rs. novos
7 rs. quintal
410 rs fanega
MERCADORIA
24 fanegas centeio
?
Carne, toucinho, carneiros,
queijo
Sal
Urzela
52 fanegas de trigo
500 fanegas de trigo
10 fanegas de trigo
240 fanegas de trigo
Cereal
© Del documento, de los autores. Digitalización realizada por ULPGC. Biblioteca universitaria, 2009